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Arranca a "caça aos votos" em Angola


Primeira campanha eleitoral sem José Eduardo dos Santos

A campanha eleitoral em Angola arranca oficialmente neste domingo, 23, com seis partidos a concorrer aos 220 lugares na Assembleia Nacional em disputa nas eleições gerais de 23 de Agosto.

Os seis partidos apostam em conquistar os votos com promessas aos eleitores.

Enquanto o MPLA, no poder desde 1975, promete criar 500 mil postos de trabalho, a UNITA acena com um salário mínimo de 500 dólares e a CASA-CE aposta num novo sistema de Governo e na implementação das autarquias.

O manifesto eleitoral do MPLA reitera a promessa do seu cabeça-de-lista em criar meio milhar de empregos, reduzir a taxa de desemprego de 24 por cento e instituir o rendimento mínimo social para as famílias em pobreza extrema.

João Lourenço tem levantado outras bandeiras como a luta contra a corrupção, a erradicação da fome e um crescimento anual não inferior a 3,1%" do Produto Interno Bruto.

O combate à pobreza com a implementação do salário mínimo de 500 dólares é a grande promessa da UNITA que assegura um Governo inclusive e sem revanchismo se vencer as eleições.

Na sua Agenda de Governação 2030, o partido liderado por Isaías Samakuva apresenta sete medidas de emergência nacional "para assegurar a estabilidade económica e social do país", que incluem a formação de um Governo Inclusivo e Participativo (GIP) para lidar com a crise.

O terceiro partido angolano, a CASA-CE, uma coligação de seis partidos, apresenta-se aos angolanos com a promessa de implementar o poder autárquico em Angola até 2019 e de rever o sistema de Governo, através da reforma da Constituição.

O cabeça-de-lista Abel Chivukuvuku promete uma "governação patriótica" assente em 20 compromissos.

Além da reforma do Estado, a coligação defende uma solução pacífica do diferendo sobre Cabinda, assegurar em cinco anos a autossuficiência alimentar em produtos básicos e erradicar a pobreza extrema durante os próximos 10 anos”.

Recorde-se que concorrem às eleições de 23 de Agosto também a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), o Partido da Renovação Social (PRS) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

Para as eleições de 23 de Agosto estão inscritos 9.317.294 eleitores e é a primeira vez, desde 1979, que o Presidente José Eduardo dos Santos não participa nas eleições em Angola.

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