Links de Acesso

Apoio a Moçambique só depois de ajustes, diz o FMI


FMI adverte que é preciso garantir a protecção dos programas sociais críticos
FMI adverte que é preciso garantir a protecção dos programas sociais críticos

Contenção salarial e eliminação de subsídios na lista de medidas.

Moçambique precisa de mais ajustes macroeconómicos e financeiros para abrir espaço para um novo programa apoiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), diz esta organização no final de cerca de duas semanas de trabalho no país.

O FMI foi a Moçambique avaliar o estágio da economia e iniciar discussões para um novo programa de ajuda ao país que enfrenta uma crise.

A missão do FMI saudou o ambiente de diálogo e cooperação com as autoridades moçambicanas e o progresso em questões técnicas, isto relativo às recomendações feitas após a descoberta das dívidas secretas de 1.4 mil milhões dólares americanos.

O processo da auditoria independente também foi elogiado. Tal processo, que deverá ser concluído em Fevereiro de 2017, irá ajudar na formulação de fortes reformas de governação.

Recorde-se que na sequência dessa dívida, o FMI e outros importantes doadores suspenderam o apoio ao país.

Mas, apesar desses avanços, a missão do FMI sublinha que ainda há desafios, e realça que agora o crescimento económico está fixado em 3.4%, contra a 6.6% em 2015, e a inflação em alta.

O FMI diz que o reinício da cooperação passa pela adopção de medidas que incluem a contenção salarial e a eliminação gradual dos subsídios gerais a bens de consumo.

Para evitar o impacto da crise nos mais pobres, o FMI adverte ao governo moçambicano para garantir a proteção dos programas sociais críticos e o reforço do sistema de segurança social.

O FMI e Moçambique continuarão as negociações sobre um novo programa no primeiro trimestre de 2017.

XS
SM
MD
LG