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Apenas um em cada quatro infectados com HIV/SIDA tem acesso a tratamento em Angola


Em Cabo Verde, a taxa chega a 75 por cento

Angola e Cabo Verde estão em posições antagónicas quanto ao universo de doentes de infectados com o vírus VIH/SIDA com acesso a tratamento.

Enquanto em Angola, apenas cerca de 26 por cento dos doentes têm acesso ao tratamento, o nível mais baixo entre os países africanos de língua portuguesa, em Cabo Verde o universo coberto ascende a 75 por cento.

Os dados são do relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA (ONUSIDA), lançado nesta sexta-feira, 23, na Costa do Marfim, que aponta a Guiné-Bissau como país onde os doentes com acesso a tratamento chega a 30 por cento.

Em Moçambique, um dos países mais afectados pela Sida, 54 por cento dos doentes têm acesso ao tratamento médico, uma taxa no entanto inferior à da África Oriental e Austral que é de 66 por cento.

Angola fica também muito aquém da realidade da sua região.

Na África Ocidental e Central, a média de cobertura é de 40 por cento, com a Guiné-Bissau bem abaixo (30%) e Cabo Verde com dados muito acima dos restantes países (75%).

O programa das Nações Unidas alertou para a diferença entre estas duas regiões africanas, assinalando factores como "falta de fundos, fracos sistemas de saúde, dificuldade de acesso a cuidados de saúde, crises humanitárias e os elevados estigma e discriminação".

O relatório não apresenta dados sobre Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, outros dos países lusófonos.

Entre todos os países lusófonos, Portugal tem a melhor cobertura, cerca de 80 por cento, enquanto Brasil a taxa é de 64 por cento.

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