Quarenta e oito antigos embaixadores americanos em diferentes países africanos enviaram uma carta à Casa Branca, na qual expressam a sua "profunda preocupação" pelos comentários considerados vulgares atribuídos ao Presidente Donald Trump sobre África.
Na carta, com data de 16 de Janeiro, mas hoje divulgada, dizem atestar a importância das parcerias dos Estados Unidos com a maioria das 54 nações africanas" e garantem ter visto “as culturas complexas e ricas de África e uma generosidade e compaixão deslumbrantes".
A carta elogia empresários, artistas, activistas, ambientalistas e professores do continente, ao mesmo tempo que enfatiza a importância de se manterem as boas relações entre os Estados Unidos e as nações africanas.
Reavaliar posições
Os antigos embaixadores americanos afirmaram esperar que Trump “reavalie as suas opiniões sobre a África e os seus cidadãos e reconheça as importantes contribuições que os africanos e os afro-americanos deram e continuam a dar no nosso país, na nossa história e nos laços duradouros que sempre ligarão a África e os Estados Unidos”.
Entre os subscritores estão Linda Thomas-Greenfield, antiga embaixadora na Libéria e ex-assistente do secretário de Estado para Assuntos Africanos durante a Administração Obama, Christopher Dell, embaixador do Comando Militar para África e em Angola, Rochard Roth, embaixador na Guné-Bissau, Melisse Wells, embaixadora em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique e Eric D. Benjaminson, embaixador em São Tomé e Príncipe.
O Presidente Donald Trump e vários colaboradores negam que ele tenha usado, numa reunião com senadores na quinta-feira, 11, uma linguagem vulgar ao se referir a haitianos e africanos.
Entretanto, o senador democrata Richard Durbin, presente no encontro, confirmou que Trump usou repetidas vezes palavras vulgares para se referir a imigrantes do Haiti e de países africanos.