O antigo Presidente nigeriano Goodluck Jonathan e a ex-ministra do Petróleo estão a ser investigados por procuradores italianos num esquema de corrupção em que são suspeitos de terem recebido subornos das petrolíferas ENI e Shell.
A France Presse teve acesso a documentos do Ministério Público de Milão que abriu um inquérito preliminar que envolve 11 pessoas, incluindo os dirigentes das duas petrolíferas e as próprias empresas.
Goodluck Jonathan dissena terça-feira que ainda não foi acusado nem julgado por ter recebido o dinheiro de forma ilegal e tanto o ex-Presidente como a sua ex-ministra do Petróleo Diezani Alison-Madueke não estão na lista dos 11 investigados.
No entanto, os procuradores suspeitam que os dois terão tido um papel central no negócio que permitiu à ENI e à Shell obterem a concessão de um bloco petrolífero no offshore nigeriano por 1,3 mil milhões de dólares em 2011.
Apesar desta suspeita, ainda não foi feita nenhuma acusação formal e as partes dispõem geralmente de 20 dias para responder à conclusão do relatório preliminar de inquérito antes de ser formalizada qualquer acusação.