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Angola: Líderes religiosos apelam à participação massiva dos eleitores


Assembleia de voto no Centro Comunitário da Juventude do bairro da Fubu, em Luanda.
Assembleia de voto no Centro Comunitário da Juventude do bairro da Fubu, em Luanda.

Académica diz que eleições trazem sempre a ideia de mudanças e antevê uma renhida disputa amanhã

No chamado “dia de reflexão”, que antecede o dia da ida às urnas, líderes religiosos na província angolana Huíla apelam à participação massiva dos fiéis na votação e dizem acreditar que o processo vai decorrer dentro da normalidade.

Académico prevê que estas eleições serão muito disputadas, à semelhança das de 1992.

O presidente da Igreja Evangélica Sinodal de Angola, Dinis Eurico, deixou também uma mensagem para os partidos concorrentes, de que, aconteça o que acontecer, quem ganhar não ganha tudo e quem perder não perde tudo.

“É preciso que os candidatos estejam preparados tanto para ganhar como para perder. Ter a coragem de felicitar o vencedor depois que o árbitro do jogo, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), anunciar os resultados”, pediu Eurico.
Para as eleições em Angola, os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, (CEAST), promoveram a chamada novena, nove dias de oração em prol das eleições no país.

Os últimos dois dias da novena, 22 e 23 de Agosto, são dedicados, respectivamente, aos temas “Para uma democracia conducente, ao desenvolvimento social e ao fim da pobreza” e “por uma sociedade democrática, inclusiva e próspera”.

“ Trata-se de um clima cultural, social, político e económico plenamente justo para com todos os cidadãos em benefício do qual todos se sintam desafiados e resulte em prosperidade proporcional aos muitos recursos do país, isto deve mobilizar os concorrentes às eleições, os eleitores e todos os agentes eleitorais”, afirmou Dom Gabriel Mbilingui, arcebispo metropolitano do Lubango.

Por seu lado, o académico Fernando Pacheco antevê um processo mais disputado do que o de 1997, à semelhança das primeiras eleições realizadas em 1992.

No entanto, ele aponta haver sempre uma ideia de que as eleições trazem mudanças, mas “a questão é saber se as mudanças são para melhor ou não, isto só depois dos resultados é que poderemos saber”.

“Parece que estas eleições vão ser as mais disputadas desde 1992, nas eleições passadas a expectativa de um vencedor antecipado era muito grande e agora não creio que exista a mesma expectativa, acho que estas eleições vão ser muito mais disputadas””, conclui.

Na Huila, há 1.235.710 eleitores inscritos em 1045 assembleias de voto.

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