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Angola: Analistas pedem eleições sem manipulação dos eleitores e condenam discurso da fraude 


Outdoors de campanha de João Lourenço (MPLA) e Bela Malaquias (Partido Humanista)
Outdoors de campanha de João Lourenço (MPLA) e Bela Malaquias (Partido Humanista)

Contam-se os dias que faltam para Angola registar na sua história as
quintas eleições gerais, desde a sua independência.

A campanha eleitoral que termina nesta segunda-feira, 22, já é
considerada uma das mais disputadas, depois das primeiras eleições
realizadas em 1992, e os dois maiores partidos políticos continuam a dominar
a luta pelo voto.

O ambiente político continua marcado por alguma incerteza e nos últimos dias o debate à volta da campanha de controlo do voto, tem estado a dividir
opiniões.


Os candidatos do MPLA e da UNITA já trocaram acusações, com cada um a defender a sua posição, em torno do slogan “votou, sentou”, uma fórmula encontrada pela UNITA para pressionar a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a publicar os resultados a partir das assembleias de voto.

O MPLA respondeu com "votou, bazou".

A Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD) constata, em nota que a lei orgânica sobre as eleições gerais expressa inequivocamente a proibição do eleitor permanecer no interior das assembleias de voto depois de ter exercido o seu direito
de voto.

O que esperam os angolanos das eleições de 24 de Agosto?
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A AJPD lembra que os eleitores que tenham exercido o seu direito de
voto podem permanecer a poucas centenas de metros da assembleia de
voto, desde que não estejam embriagados, não estejam na posse de armas
e não esteja a perturbar a ordem pública, acrescentando que é proibida
a presença de forças armadas nas assembleias de voto até um raio de
distância de 100 metros, nos termos da lei.

O porta-voz da CNE desencoraja os cidadãos eleitores a permanecerem nas assembleias de voto depois de exercerem o seu direito no próximo dia 24 de Agosto.

Lucas Quilundo defende que, nos termos da lei, os cidadãos devem
aguardar a divulgação dos resultados a partir de casa.

Nesta edição de Janela de Janela, ouvimos as opiniões do porta-voz da
CNE, Lucas Quilundo, do especialista em assuntos eleitorais, Luis Jimbo,
e do Coordenador da Comissão de Justiça e Paz da igreja Católica, Padre
Celestino Epalanga.

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