Os homens de negócios da proivíncia angolana de Huíla defendem mais equilíbrio na cedência de divisas por parte do Governo central aos empresários do país.
Numa altura em que escasseiam as divisas, os empresários locais entendem que as poucas divisas disponíveis deviam ser distribuídasde forma equitativa.
O assunto suscitou acesas preocupações num encontro recente entre a classe empresarial da Huíla e o ministro da Economia, Abraão Gourgel.
O presidente da Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla, (AAPCIL), Paulo Gaspar, não entende, por exemplo, que sendo a Huíla uma potência agrícola do país não se vislumbre um projecto estruturante do sector.
“Não há nenhum projecto estruturante do Executivo que se esteja a realizar na província da Huíla”, denunciou.
“Emprestar 80 milhões a um empresário para fazer milho e emprestar a 100 empresários para fazer milho, em caso de dois ou 10 desses empresários falirem e não conseguirem produzir, 80 vão conseguir”, defendeu.
Abraão Gourgel admite a escassez de divisas no país, mas alerta que este não é o único problema para as empresas.
A energia eléctrica é outra situação para a qual o Ministério aponta o subsídio aos combustíveis para as empresas do sector agrícola
“Nós, no ministério da Economia, pensamos que no curto prazo podemos fazê-lo através do subsídio ao gasóleo agrícola e para as pescas”, disse.
Abraão Gourgel revelou ainda que o Governo angolano está a apostar neste momento em três áreas prioritárias, como sejam aumento da produção nacional para atender à cesta básica; substituição das importações e estimular as exportações.