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Novo governador da Huíla exclui orgãos não estatais de reuniao com jornalistas


João Tchipingue disse aos meios de comunicação do Estado pretender uma imprensa imparcial que faça crítica construtiva

Uma imprensa que informa com imparcialidade é o que defendeu o novo governador da Huíla, João Marcelino Tchipingui, num encontro nesta quarta-feira com directores e jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social.


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Contudo o novo governador não convidou representantes dos órgãos de informação privados

O chefe do executivo da Huíla disse esperar no seu mandato que os jornalistas além de apontarem virtudes nas acções do governo, façam sobretudo críticas construtivas, para ajudar a melhorar o seu desempenho.

“ Que nós não pensemos só que o povo seja informado apenas aquilo que está perfeitamente correcto aquilo que está muito bem, é preciso informar tudo, o que está bem o que não está bem de uma forma imparcial de uma forma correcta de uma forma a sensibilizar os nossos dirigentes e quadros para que de facto se apercebam e reajam perante a situação que se coloca,” disse

O encontro que serviu para o novo governador auscultar a situação do sector na província, foi vivamente aplaudido pelos responsáveis e jornalistas presentes.
O encontro ficou marcado pela ausência da imprensa privada com realce para a Rádio Ecclésia. A Emissora Católica de Angola, não foi notificada para fazer parte da reunião.

Este correspondente também não foi convidado ao encontro

A acção mereceu críticas do correspondente daquela emissora, Valentino Mateus, que com este gesto, diz ele, o novo governador começa mal.

“ É um mau começo porque João Marcelino Tchipingui já está na Huíla há muitos anos como 1º secretário provincial do MPLA conhece muito bem a imprensa que a província tem e ao excluir a imprensa privada sobretudo a Ecclésia e mais outros órgãos de comunicação social neste seu primeiro encontro com os órgãos de comunicação social e os seus directores, é de certeza um mau começo para quem defende que deve existir um laço muito estreito entre a comunicação social e o seu executivo,” disse

Valentino Mateus lembrou que o gesto que promove a exclusão não é de todo novo e já vem dos anteriores governos. Por isso espera uma mudança de mentalidade.

“ Lembro-me de várias actividades na época de Isaac dos Anjos em que para termos acesso as conferências de imprensa éramos sempre relegados a último plano, e isto vem demonstrar que este fenómeno ainda arrasta-se até ao actual chefe do executivo e esperamos que haja mudança de comportamento,” acrescentou

O jornalista da Rádio Ecclésia espera que esta situação não venha a dificultar futuramente a relação que se exige entre os servidores públicos e a imprensa privada em particular.
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