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"Angola permitiu a convivência entre povos de diferentes origens", diz directora da VOA


Ana Guedes, directora do Serviço em Português da Voz da América. Dezembro, 18, 2014. VOA, Washington DC
Ana Guedes, directora do Serviço em Português da Voz da América. Dezembro, 18, 2014. VOA, Washington DC

Ana Guedes proferiu uma palestra sobre “Choques Raciais na Sociedade: o caso dos Estados Unidos de América” na Escola Superior Politécnica da Universidade Kimpa Vita, Uíge.

A directora dos Serviço em Português da VOA, disse esta Terça-feira, 2, na cidade do Uíge, que Angola é um país cuja história permitiu a convivência entre os povos de diferentes origens, e por esse motivo não apresenta problemas raciais.

Ana Guedes falava sobre os “Choques Raciais na Sociedade: o caso dos Estados Unidos de América”, palestra que decorreu na Escola Superior Politécnica da Universidade Kimpa Vita (UNIKIVI), e referiu que, apesar dessa convivência, o país deve continuar a trabalhar na educação e promoção de políticas de inclusão social.

A palestra, promovida pela Embaixada dos EUA em Angola, foi assistida por muitos estudantes e professores da Escola Superior Politécnica da Universidade Kimpa Vita.

Segundo o Jornal de Angola, Guedes sublinhou as causas das manifestações e das consequências políticas, culturais e económicas da marginalização racial nos Estados Unidos e apontou os caminhos que os países emergentes devem seguir para evitarem o racismo.

A directora da VOA referiu que a marginalização social nos Estados Unidos está intimamente ligada à história económica do país, na qual alguns grupos se desenvolveram à custa de outros no decorrer dos séculos XVIII e XIX.

“Hoje, porém, apesar da legislação americana garantir protecção a todos os cidadãos, independentemente da sua raça, origem ou credo religioso, continuam a existir muitas fricções entres brancos, negros, asiáticos e hispânicos”, disse.

A jornalista afirmou que as motivações racistas são muitas vezes motivadas pela situação económica das famílias e comunidades, provocando sentimentos de repulsa por este ou aquele grupo social, vendo neles a culpa pela estagnação de uns e progresso de outros.

Aliás, prosseguiu Ana Guedes, é preciso frisar que muitos círculos económicos e sociais americanos nutrem ideias preconceituosas que minam as relações interpessoais, quer sejam entre brancos, negros, hispânicos ou ameríndios.

Na palestra, a directora do Serviço em Português da VOA apelou aos Governos dos países emergentes a melhorarem as suas políticas de inclusão social para evitarem problemas no futuro, mantendo a estabilidade política e económica.

“A formação académica e profissional é uma das vias para a promoção social", explicou Ana Guedes, que concluiu: "Independentemente das origens políticas, religiosas ou culturais, a criação de oportunidades de empregos não podem favorecer a uns e desfavorecer outros.”

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