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Angola discute modelo económico


Economia liberal e intervenção estatal em choque

O papel do Estado na economia angolana foi alvo de um aceso debate numa conferência nacional organizada pela Universidade Católica.

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Yuri Kixina, jovem investigador da Universidade Agostinho Neto, defendeu menos intervenção do Estado na economia e mais confiança nas forças do mercado económico.

Mas outro economista, Alves de Rocha do CEIC da Universidade Católica disse que, em países como Angola, o Estado é essencial como “alavanca” da economia.

Kixina disse que em Angola há presença exagerada do Estado na economia e recordou que “quem cria emprego são as empresas e não o Estado”.

“O Estado devia ocupar-se de suas funções clássicas, como saúde, educação, segurança e negócios estrangeiros", disse, "pois só assim pode evitar fenómenos como monopólio e oligopólio".

Alves da Rocha criticou esta tese afirmando que “modelos de economia liberal não se aplicam ao continente africano na sua generalidade".

"Não vale apena absorver estes modelos neo liberais que em África não funcionam”, reiterou.

“Aqui o Estado tem que funcionar como alavanca devido aos vários problemas que enfrentamos”, referiu.

O investigador social Sergio Kalundungo disse que o actual modelo de economia usado em Angola ”não é o melhor": "Mesmo em tempos de crescimento económico Angola teve dificuldades de redistribuir os benefícios deste crescimento para todos. Prova disto é a situação difícil que vivemos", acrescentou.

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