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Angola aposta na autonomia da produção do sal


Benguela terá "Cidade do Sal"
Benguela terá "Cidade do Sal"

Projecto global vai custar quase 40 milhões de dólares

Uma unidade de produção de sal entra em funcionamento dentro de quatro meses na província angolana de Benguela, com previsão de 100 mil toneladas por ano, quase metade de toda a produção nacional.

Benguela quer ser potência de sal - 2:08
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A salina, um investimento de seis milhões de dólares norte-americanos, está a ser instalada na futura ‘’Cidade do Sal’’, já com nove industriais numa área de 22 mil hectares.

O projecto global, delineado na perspectiva do fim das importações, vai custar quase40 milhões de dóalres, resultantes de empréstimos bancários e fundos próprios

As autoridades esperam levar até ao município da Baía Farta, onde se encontra o local para todos os interessados, 50 industriais, perspectivando uma produção anual de dois milhões de toneladas.

Ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, com donos da Tchiome, Benguela
Ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, com donos da Tchiome, Benguela

Por ora, e como o caminho faz-se caminhando, o destaque dá pelo nome de ‘’Tchiome’’, uma unidade industrial e mecanizada, que deverá criar 300 postos de trabalho, sendo 92directos, dos quais quatro ocupados por expatriados.

Está em construção numa área de mil hectares, com espaço para uma fábrica de saco de ráfia e laboratório para análise da qualidade do produto, conforme o coordenador do projecto, José Monteiro.

“’Vamos ter, ainda, 23 tanques para evaporação, 23 para cristalização e instalações administrativas e industriais, para além de um sistema de bombagem para captação de água’’, salienta Monteiro.

O empresário Fernando Ferreira, outro mentor do projecto, diz que de inovações não é tudo.

“Para além da produção, vamos ter higienização, empacotamento de sal e unidades de suporte que vão servir todos os produtores da região. O orçamento é de 31 milhões de Euros, mas a obra em execução (Tchiome) custa 6 milhões de dólares’’, revela o empresário.

É desta forma que Angola poderá produzir milhares de toneladas por ano, devendo regressar às exportações.

A ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, sublinha que é preciso ter os pés bem assentes na terra e consolidar a produção actual.

“A existência destes produtores é uma boa notícia, uma vez que podemos conseguir dois milhões de toneladas por ano. Mas o objectivo é conseguir as 250 mil toneladas, conforme as nossas metas. Depois, aí sim, pensaremos em voltar a exportar, principalmente para países da nossa região", concluiu a governante.

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