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Angola: Advogado de activistas refuta acusações de lentidão


Atrasos devem-se a ineficiência do sistema judicial angolano, diz Luís do Nascimento.

"Os atrasos no caso dos activistas detidos por alegadamente preparem um golpe de Estado em Angola não se devem aos advogados, mas sim a um sistema jurídico que não funciona", disse um dos advogados dos detidos.

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Luís do Nascimento respondia assim a declarações de Adolfo Campos que acusou os defensores de nada fazerem.

Os jovens do Movimento Revolucionário acham que os advogados de defesa dos 15 jovens estão pouco activos na defesa dos acusados de golpe de Estado.

Campos quer que os defensores legais apareçam mais junto dos detidos, sobretudo os que se encontram no Hospital-Prisão de São Paulo.

Campos disse que alguns dos detidos tinham já pedido a substituição dos advogados.

Luís do Nascimento, um dos advogados do grupo, reconhece haver alguma letargia no processo, mas não por culpa dos advogados.

"Acho que é normal que num país onde a justiça praticamente não funciona se tente arranjar culpados”, disse.

“Agora, nós os advogados, estamos sim a nos mexer apesar que não corrermos para imprensa porque esta também é bastante fechada mas estamos a trabalhar”, revelou.

O advogado exemplifica com o pedido de Habeas Corpus que solicitaram e que passados dois meses o Supremo Tribunal não respondeu ainda.

"O processo está muito moroso, a instrução não diz nada", acusou nascimento, acrescentando que “relativamente ao pedido de Habeas Corpus já manifestamos o nosso inconformismo”.

Luís do Nascimento fez notar que já passaram mais de 50 dias desde o pedido de Habeas Corpus sem qualquer resposta do Supremo Tribunal, enquanto que “em países democráticos em oito dias o juiz tem de decidir”.

“Aqui pelo número de detidos o caso deveria merecer um tratamento célere, por isso é que é um Habeas Corpus”, disse o advogado.

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