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Analistas dizem haver dois poderes na Frelimo


Campanha Filipe Nyusi, candidato Frelimo (Milange, provincia da Zambezia)
Campanha Filipe Nyusi, candidato Frelimo (Milange, provincia da Zambezia)

Analistas moçambicanos acredita que a alegada crise interna na Frelimo, resultante da existência de dois centros de poder no país, é um factor a ter em conta no estudo das possíveis causas do assassinato do professor catedrático, Gilles Cistac, de quem centenas de pessoas se despediram num velório hoje, 10, no Centro Cultural Universitário, em Maputo.

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Um dos assuntos que dominam o debate político em Moçambique é a existência dos chamados dois centros de poder, pelo facto de o Presidente da República não ser ao mesmo tempo o presidente da Frelimo, havendo quem considere que isto está a suscitar uma crise no seio do partido.

Segundo analistas, não se percebe como é que após o Presidente da República Filipe Nyussi ter aconselhado o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, o presidente da Frelimo manda delegações do partido às províncias para dizer às populações que "não há nada sobre as províncias autónomas, o que revela a existência de uma crise interna na Frelimo".

No velório de hoje, foram apontadas várias consequências que poderão advir da morte de Cistac, entre as quais o medo que se instalou no seio da classe académica, muitas vezes acusada de cobardia pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

"De há um tempo para cá, sobretudo depois da abertura do partido ao multipartidarismo, a classe académica não mostra a sua intelectualidade e tem estado a engraxar o Governo e o partido no poder, razão pela qual o presidente da Renamo tem chamado os intelectuais de cobardes", disse Raúl Domingos, Presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD).

O editor do Mediafax, Fernando Mbanze, diz que o medo se instalou também no seio dos jornalistas, que tal Gil Cistac, são também fazedores de opinião.

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