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Amnistia Internacional pede à Arábia Saudita corpo do jornalista Khashoggi para autópsia


Jamal Khashoggi
Jamal Khashoggi

Arábia Saudita admite a morte de Khashoggi; Presidente Trump diz que "nós temos algumas perguntas para os sauditas".

A organização de direitos humanos Amnistia Internacional pede à Arábia Saudita para que "apresente imediatamente" o corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi para a realização de uma autópsia.

Khashoggi foi supostamente morto dentro do consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro.

A Arábia Saudita diz que resultados preliminares da sua investigação mostram que ele morreu depois de uma briga com pessoas que ele conheceu no consulado.

O director de campanhas da Amnistia para Médio Oriente, Samah Hadid, disse que a versão saudita dos eventos não é confiável. Ele disse que uma investigação das Nações Unidas seria necessária para evitar uma "invenção saudita" das circunstâncias em volta da morte de Khashoggi.

Hadid disse que tal encobrimento pode ter sido feito para preservar os laços comerciais internacionais da Arábia Saudita.

Investigação saudita

Neste sábado, 20, um comunicado do Procurador saudita, apresentado na televisão estatal, dá conta de que 18 cidadãos sauditas foram detidos até agora em conexão com a morte de Khashoggi.

O comunicado informa que o assessor do tribunal, Saud al-Qahtani, e o vice-chefe de inteligência, Ahmed Assiri, foram demitidos de seus cargos.

O Procurador diz que a investigação sobre a morte de Khashoggi continua em curso.

A agência estatal de notícias também reporta que o rei Salman também ordenou a criação de um comité ministerial liderado pelo príncipe herdeiro para reestruturar os serviços de inteligência do reino.

Estas declarações deste sábado são a primeira admissão pelo governo saudita de que Khashoggi morreu.

Autoridades turcas disseram que acreditam que o jornalista foi morto no consulado saudita em Istambul, onde entrou a 2 de outubro com a finalidade de levantar documentos de casamento.

A Arábia Saudita já havia negado as alegações dizendo que Khashoggi havia deixado o edifício pouco tempo depois.

Sanções americanas

Um comunicado da Casa Branca "reconhece o anúncio do Reino da Arábia Saudita de que a sua investigação sobre o destino de Jamal Khashoggi está em progresso e que tomou medidas contra os suspeitos que identificou até agora".

Perguntado sobre o anúncio saudita, o presidente Donald Trump disse aos repórteres no Arizona: "É um primeiro grande passo". No entanto, ele disse: "Nós temos algumas perguntas" para os sauditas, e acrescentou "vamos trabalhar com o Congresso".

Antes do anúncio saudita, o presidente Trump disse que poderia considerar sanções contra a Arábia Saudita pelo desaparecimento de Khashoggi.

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