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Amnistia Internacional diz que julgamento de activistas angolanos é uma farsa


Organização acusa tribunal de violar direitos básicos dos réus. Estes ameaçam em carta a Eduardo dos Santos entrar de novo em greve de fome colectiva

A Amnistia Internacional condenou o modo como está a decorrer o julgamento dos activistas angolanos acusados de rebelião, acusando o tribunal de ser uma farsa judicial.

“A proibição (de acesso ao julgamento) de familiares, meios de informação, representantes diplomáticos, observadores independentes e público em geral transformou o julgamento de 17 activistas numa farsa (Kangaroo court) pondo a independência do sistema judicial angolano em causa”, disse a organização de direitos humanos.

“O direito a uma audiência pública é uma garantia básica para um julgamento justo e impedir vários observadores da sala do tribunal sem justificação é uma violação de direitos humanos básicos”, disse Muleya Mwananyanda vice-directora para a África Austral da Amnistia Internacional que numa declaração acusou ainda o tribunal de ignorar “os princípios da lei e justiça”.

O julgamento dos activistas iniciou-se a 16 de Novembro e estava previsto terminar a 20 de Novembro.

A morosidade do mesmo surpreendeu todos e agora os activistas escreveram ao Presidente Eduardo dos Santos afirmando que entrarão em greve de fome caso a fase de interrogatório não seja concluída entre 7 e 11 de Dezembro.

"Temos pressa de ser condenados, mesmo sabendo que injustamente", afirma a carta.

Nelson Pestana Bonavena, professor universitário em entrevista a Voz da América afirmou que os activistas não estão a pedir nada que não seja possível.

“Não sei se vão ser ouvidos mas é a forma de não passar estas violações de forma impunes e não estão a pedir nada que seja impossível”, disse Bonavena.

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