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Amnistia Internacional declara Luís Manuel Otero preso de consciência e pede a Cuba sua libertação


Luís Manuel Otero Alcantara em entrevista na sua casa em Havana (Foto de Arquivo)
Luís Manuel Otero Alcantara em entrevista na sua casa em Havana (Foto de Arquivo)

Artista foi levado da sua casa para um hospital quando fazia uma greve de fome e encontra-se incomunicável

A Amnistia Internacional (AI) acusou o Governo cubano de manter sob vigilância apertada o artista dissidente Luís Manuel Otero Alcantara, que se encontra num hospital depois de uma greve de fome em protesto contra o que chamou de assédio do Estado à sua residência.

A organização de defesa dos direitos humanos considera Otero, membro do Movimento San Isidro, um preso de consciência e pediu ao Governo cubano que o coloque em liberdade.

“Luís Manuel não pode ficar mais um dia sob custódia do Estado. Ele foi detido apenas devido às suas posições e deve ser libertado imediata e incondicionalmente”, afirmou a directora da AI para as Américas.

Erika Guevara-Rosas acrescentou ser “hora de as autoridades cubanas reconhecerem que não podem silenciar todas as vozes independentes no país” e lembra que Otero não está sozinho.

“Muitos na comunidade internacional apoiam o trabalho dele como defensor dos direitos humanos e como artista que luta pela liberdade de expressão ”, concluiu Guevara-Rosas.

Vídeos divulgados mostram Otero sob supervisão dos serviços de Segurança do Estado e incomunicável, desde 2 de Maio quando foi retirado da sua casa por agentes da polícia e levado para um hospital, quando fazia uma greve de fome.

Os defensores de direitos humanos na ilha questionam por que ele permanece no hospital e incomunicável, ao ponto de impedir que seja visitado por familiares.

Luís Manuel Otero Alcantara integra o Movimento San Isidro, integrado por artistas e pessoas ligadas à arte e que lutam pela liberdade de pensamento e artística.

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