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Amnistia Internacional acusa Irão de tornar mulheres em "fábricas de fazer filhos"


A Amnistia Internacional acusou o regime de Teerão de querer transformar as "mulheres em fábricas de fazer filhos" com a aprovação de uma lei que interdita o recurso à esterilização voluntária e restringe o acesso à informação sobre métodos contraceptivos.

O objectivo da lei é o de travar a queda da taxa de natalidade no Irão, com os especialistas a sugerirem que o crescimento pode ser negativo dentro de duas décadas, se a tendência não for invertida.

A lei foi aprovada em 2014 e está a ser analisada pelo Conselho dos Guardiães (equivalente ao tribunal constitucional) e tudo indica que receberá luz verde. Para a Amnistia Internacional, a lei "vai permitir práticas discriminatórias e representa um retrocesso de décadas nos direitos das mulheres e das adolescentes na sociedade iraniana", afirma a directora adjunta da organização para o Médio Oriente e Norte de África, Hassiba Hadj Saharaoui, na nota que acompanha o estudo ontem, 11, divulgado em Londres sobre o impacto da lei na população feminina do Irão.

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