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Americanos querem relações mais estreitas com Cuba


Desde que o presidente Obama reestabeleceu viagens limitadas a Cuba em 2011, centenas de milhares de Americanos visitaram o país comunista.

Muitos desses visitantes disseram que chegou a hora para se reexaminar as relações Estados Unidos – Cuba, que foram cortadas há mais de 50 anos.

As sondagens mostram que depois de visitarem Cuba, muitos americanos afirmam pretender relações mais estreitas entre os Estados Unidos da América e a ilha. Ellen Lansberger é um deles.

“Penso que as relações Estados Unidos – Cuba deviam ser retomadas. Os dois povos deviam falar um com outro. Deviam estar a partilhar mais. Temos um sistema de livre comércio com o México, Canadá, sem fronteiras, e temos essa pequena ilha que não representa nenhuma ameaça aos Estados Unidos, que estamos a manter isolada do mundo. Não faz sentido.”

Os Estados Unidos da América cortaram as relações diplomáticas com Cuba em 1961 após a subida ao poder do líder comunista Fidel Castro. Foi também imposto um embargo económico estrito contra a ilha que fica a 150 quilómetros ao sul da Florida. Mas após mais de 50 anos de hostilidades, muitas pessoas em ambos lados afirmam querer o fim do embargo. Délia Barroso é cubana.

“Eu penso que os norte-americanos são parecidos ao povo cubano, pessoas afetuosas e carinhosas que desejam se expressar e comunicar. Penso que o que temos em falta é a possibilidade de receber esse afecto, e assim poderíamos entender melhor uns aos outros. E acima de tudo somos vizinhos.”

Durante anos as acções de políticos americanos com vista a melhoria das relações entre os dois países eram contrariadas por cubano-americanos que fugiram do regime comunista. A maioria deles vive na Florida. Mas uma nova geração de cubano-americanos nascidos nos Estados Unidos querem ter a possibilidade de viajar a terra dos seus ancestrais.

A administração Obama permitiu a famosa viagem a Cuba “de povo para povo,” que permitiu aos americanos visitarem a ilha no caso de ali terem familiares, ou por razões culturais ou religiosas. O Secretário de Estado norte-americano John Kerry disse esta semana que os Estados Unidos vão continuar a actualizar as suas políticas sobre Cuba.

“Cada ano, centenas de milhares de americanos visitam Havana, e centenas de milhões de dólares e bens partem dos Estados Unidos para Cuba. Estamos empenhados nesta interação humana. E nos Estados Unidos, acreditamos que o nosso povo são actualmente, os nossos melhores embaixadores.”

Há sinais de que o governo cubano está a começar a abrandar o controlo sobre as pessoas. A dissidente, autora e blogger cubana, Yoani Sanchez disse perante uma audiência durante um evento literário em Cartagena na Colômbia, que tem planos de lançar um jornal digital no seu país com o propósito de promover a liberdade de expressão.

“O pior pode acontecer, que no primeiro dia que abrirmos o meio de comunicação, eles partem a porta e bloqueiem o portal, o que não seria nada de tão grave, perante a proibição. Mas é também possível que estamos aqui a dar início a uma via para a imprensa que pode transcender o momento presente e tornar-se num jornal do futuro.”

Sanchez adiantou que o governo cubano está a fazer pequenas concessões porque já não pode convencer as pessoas que as suas utopias comunistas venham no futuro a ser uma realidade.
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