A maioria dos norte-americanos não está disposta a compartilhar os seus emails pessoais, mensagens de texto, telefonemas e registos das actividades na internet com investigadores de contraterrorismo dos Estados Unidos, nem mesmo para evitar ataques terroristas, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira, 4.
A sondagem revelou que os norte-americanos estão mais relutantes para dividir informações pessoais do que quando foram perguntados sobre o tema pela última vez quatro anos atrás.
Como exemplo, 75 por cento dos adultos afirmaram que não deixariam investigadores monitorarem suas actividades online para ajudar o país a combater o terrorismo doméstico, o que significa um aumento em relação aos 67 por cento que responderam da mesma maneira em Junho de 2013.
Mas os norte-americanos estão divididos de forma mais equilibrada quando indagados se o Governo faz uma vigilância excessiva, o que mostra que, embora estejam profundamente preocupados com a sua própria privacidade, existem estratos que apoiam os programas de espionagem capazes de recolher informações pessoais.
O Congresso deve tratar de questões a respeito da vigilância neste ano, quando iniciar um debate em que se irá questionar se deve haver limites para a capacidade governamental de fazer buscas de dados dos cidadãos sem mandados.
Na pesquisa realizada entre 11 e 20 de Março, 32 por cento dos consultados disseram que agências de inteligência, como o FBI e a Agência Nacional de Segurança, realizam "tanta vigilância quanto é necessário" e 7 por cento disseram que querem mais vigilância.
Outros 37 por cento de adultos opinaram que as agências estão "realizando vigilância excessiva nos cidadãos norte-americanos".
Os restantes 24 por cento disseram não saber.
A pesquisa Reuters/Ipsos foi feita em inglês pela internet em todos os 50 Estados do país e entrevistou 3.307 pessoas, dos quais 1.209 republicanos e 1.355 democratas, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para a amostragem total e de 3 pontos para republicanos e democratas.