Autoridades angolanas transformaram o Monte Sumi, no Huambo, onde se registaram violentos confrontos entre forças de segurança e fiéis da seita religiosa A Luz do Mundo em zona militar. O advogado Salvador Freire, que defende o líder da seita José Julino Kalupeteka, desconfia que o Governo não quer que se saiba o que se passou a 16 de Abril naquela localidade.
Freire considera que a interdição imposta pelos militares do município da Caála pode dificultar as investigações à volta do incidente e lamentou o facto porque a defesa pretendia reconstituir os episódios aí registados por ocasião do julgamento de Kalupeteka.
“Alguma coisa está escondida no monte Sumi”, reiterou o advogado.
Por sua vez, o conhecido analista e jornalista Makuta Nkonda também considera que o impedimento imposto pelas autoridades do Huambo é premeditado.
“O Governo quer esconder o crime que cometeu”, acusou.
Entretanto, o processo em curso contra José Julino Kalupeteca não conheceu novos desenvolvimento desde que o Ministério Público prorrogou a prisão preventiva do acusado.
A defesa não teve acesso ao processo nem sabe do que é acusado o seu constituinte.