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AFRICOM poderá ser dissolvido


Pentágono vai reorganizar comandos operacionais

Apenas cinco anos depois de se tornar operacional o Comando Africano das forças armadas americanas, o AFRICOM, poderá ser dissolvido.


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Com efeito noticias em publicações militares americanas revelam que o departamento de defesa está a considerar uma reorganização dos seus comandos operacionais .

No passado dia 31 de Julho o secretário de defesa Chuck Hagel disse que dados os cortes orçamentais seria provável uma consolidação dos comandos operacionais das forças armadas americanas.

O Pentágono f az face a cortes orçamentais de 500 mil milhões de dólares durante a próxima década e para 2013 foram já cortados 37 mil milhões de dólares ao orçamento militar.

Fontes oficiais no departamento de defesa não quiseram comentar a possibilidade do Africom ser dissolvido mas noticias publicadas na Stars and Stripes e na Defence News afirmam que o AFRICOM poderá ser dissolvido e as suas funções divididas entre o Comando Europeu e o Comando Central.

Desde a sua formação que o AFRICOM tem sido de certo modo controverso quer entre os países africanos quer também entre entidades militares americanas.

Antes da sua formação em 2008 as operações em África estavam a cargo do comando europeu com o seu quartel-general em Estugarda. É aliás nesta cidade alemã que o AFRICOM mantem o seu quartel-general já que a possibilidade de se instalar em África praticamente que não encontrou apoiantes em países africanos.

Por outro lado o AFRICOM tentou também ser mais do que um puro comando militar e dos seis comandos é o único que tem a nível de vice chefia entidades civis. O objectivo era também tornar o AFRICOM como uma entidade que servisse também necessidades civis.

Assim o comando tem quatro altos funcionários do Departamento de Estado em posições chave e mais de 30 funcionários de diferentes departamentos e agencias governamentais, incluindo por exemplo da Agencia para o Desenvolvimento Internacional, USAID.

O objectivo, afirma o próprio AFRICOM, é assegurar a presença de peritos para ajudar que as actividades do Comando Africano complementem os programas de outros departamentos do governo americano e sejam inseridas dentro do contexto da política externa americana.

Muitos críticos não gostaram desta integração afirmando tratar-se de um primeiro passo para a militarização da política externa americana.

Uma fonte militar que preferiu o anonimato escrevendo numa publicação militar disse que não há uso para um organização militar que não se ocupa de assuntos militares. Outro disse que o AFRICOM não era mais do que um gasto de dinheiro.

Um escândalo de gastos não autorizados pelo antigo comandante do AFRICOM, o General Kip Ward, fez aumentar as críticas ao funcionamento do comando.

o Comando Africano não tem tido grandes recursos militares e quando operações militares de grande envergadura foram necessárias, como aquando das operações de apoio aos rebeldes na Líbia, os meios usados vieram de outros comandos ou de braços do exercito da marinha, força aérea e fuzileiros que têm eles próprios destacamentos virados para possíveis operações em África.

O AFRICOM controla no entanto uma unidade de operações especiais baseadas em Estugarda

O AFRICOM tem um pessoal estimado em 2.000 funcionários e 1.500 estão baseados em Estugarda..

A salientar contudo que alguns peritos militares afirmam que não deverá haver grandes mudanças para o AFRICOM numa reorganização dos comandos operacionais já que a instabilidade em algumas partes de África, como no norte e africa ocidental tornam mais premente a necessidade de um comando inteiramente vocacionado para o continente.

O orçamento do AFRICOM em 2012 foi de 276 milhões de dólares o que dentro do orçamento de quase 700 mil milhões de dólares para o departamento de defesa é quase que insignificante. E isso poderá jogar a seu favor.
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