A África subsariana é a região do mundo mais pela afectada pela fuga de capitais, concluiu um estudo da organização não-governamental americana Global Financial Integity (GFI).
No seu relatório “Fluxo de financiamentos ilícitos dos países em desenvolvimento”, a organização aponta que a África subsaariana, entre 2004 e 2013, registou a transferência ilegal do equivalente a 6,1 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB).
Países emergentes da Europa do leste e Ásia seguem na lista com transferências ilícitas correspondentes a 5,9 e 3,8 por cento do seu PIB, respectivamente.
O relatório, que destaca as transferências em economias emergentes e em desenvolvimento, indica que ao nível global, no mesmo período, a fuga de capitais atingiu 7,8 milhões de dólares americanos.
A China lidera a lista dos países com maior volume de transferências ilícitas, seguida pela Rússia, México e India. Brasil, África do Sul e Nigéria constam entre os dez países com maior volume.
“Este estudo mostra claramente que o fluxo financeiro ilícito é o problema que mais danos faz às economias em desenvolvimento e emergentes”, disse o Presidente da GFI, Raymond Baker.
Travar o fluxo ilícito, disse Baker, pode ajudar o mundo a financiar iniciativas como as recém-aprovadas metas para o desenvolvimento sustentável.
A GFI adverte que, tendo em conta que, apenas em 2013, foram transferidos ilegalmente 1.1 mil milhões de dólares, a situação vai agravar.