A directora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África diz que a África Ocidental está melhor preparada para enfrentar futuros surtos de Ébola.
Em entrevista exclusiva à VOA, Matshidiso Moeti afirma que a Libéria, Serra Leoa e Guiné são agora capazes de responder mais rapidamente a situações de emergência, graças à melhoria da sua capacidade de vigilância, diagnóstico e sistemas de saúde.
Moeti tornou-se chefe do escritório regional da OMS para África, em Fevereiro de 2015, no pico do surto de Ébola na África Ocidental.
Ela diz que sabia que tinha que fazer o que fosse necessário para travar a propagação da doença fatal.
Ébola matou mais de 11 mil pessoas nos três países da África Ocidental mais afectados, até a altura em que a OMS anunciou o fim do surto, no final de 2015.
Nessa altura, a OMS apelou os países para se manterem vigilantes quanto á eclosão de novos surtos.
Moeti conta que chegar a zero infecção não é fácil e “não estamos lá ainda (…) embora a Libéria, Serra Leoa e Guiné tenham melhorado significativamente a sua capacidade de resposta, e provaram isso na sua gestão eficiente dos surtos ocasionais de doença”.
Mas, adverte Moeti, “para que que todas as melhorias feitas na infraestrutura, sistemas de resposta, e habilidades, sejam mantidas é necessário o apoio contínuo da comunidade internacional”.