As propinas nas universidades não terão nenhum aumento em todo o país, disse hoje o Presidente da África Sul, Jacob Juma, reagindo a uma semana de protestos de estudantes.
Falando a partir do Union Buildings, a sede do governo, em Pretória, Zuma disse que “no assunto em questão, acordamos que haverá zero por cento de aumento das propinas nas universidades em 2016.”
Zuma pronunciou-se depois de um encontro com vice-reitores, presidentes de conselhos universitários e representantes de estudantes, que forçaram a paralisação de aulas no país reclamando o aumento de 10 por cento nas propinas.
"Há uma série de questões levantadas que precisam de ser seguidas, como a educação gratuita, autonomia institucional, racismo e acomodação,” disse Zuma.
Zuma disse que o governo tem consciência das dificuldades enfrentadas pelas famílias pobres e apela a todos a trabalharem em soluções de longo termo para garantir o acesso de todos à educação.
No encontro foi acordado que o governo deverá liderar um processo de análise de todo o sector de ensino superior.
As universidades prometeram estender o período de exames para permitir que os estudantes recuperem o tempo perdido durante as manifestações.
A anunciada subida de propinas resultou em manifestações violentas em quase todo o país. Pelo menos 14 universidades foram atingidas.
As aulas foram interrompidas nessas instituições desde que as manifestações iniciaram, no dia 13 deste mês, na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, a capital económica.