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Afeganistão: Mulheres impedidas de trabalhar em organizações humanitárias


Protesto de mulheres em Kabul
Protesto de mulheres em Kabul

CABUL, 24 Dez (Reuters) – O governo Talibã do Afeganistão ordenou, neste sábado (27), que todas as organizações não-governamentais (ONGs) locais e estrangeiras impeçam as funcionárias de irem trabalhar, de acordo com uma carta do ministério da Economia, na mais recente repressão às liberdades das mulheres.

A carta, confirmada pelo porta-voz do ministério da Economia, Abdulrahman Habib, disse que as funcionárias não estão autorizadas a trabalhar até novo aviso, porque algumas não aderiram à interpretação do governo sobre o código de vestimenta islâmico para mulheres.

Isso ocorre dias após o governo comandado pelo Talibã ordenar que as universidades não matriculem mulheres, provocando forte condenação global e provocando protestos e críticas pesadas no Afeganistão.

Não ficou imediatamente claro como a ordem afectaria as agências das Nações Unidas, que têm uma grande presença no Afeganistão prestando serviços no país que enfrenta uma crise humanitária.

Quando perguntado se as regras incluíam agências da ONU, Habib disse que a carta se aplicava a organizações sob o órgão de coordenação de organizações humanitárias do Afeganistão, conhecido como ACBAR.

Esse órgão não inclui as Nações Unidas, mas inclui mais de 180 ONGs locais e internacionais.

No entanto, as Nações Unidas frequentemente contratam ONGs registadas no Afeganistão para realizar o seu trabalho humanitário.

Os trabalhadores humanitários dizem que as funcionárias são essenciais para garantir que as mulheres tenham acesso à ajuda.

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