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Adolescente morto pela polícia angolana em Luanda provoca indignação


Polícia Nacional de Angola (Foto de Arquivo)
Polícia Nacional de Angola (Foto de Arquivo)

Mais um adolescente foi morto em Luanda vítima da ação da Polícia Nacional (PN) angolana, aumentando as críticas à atuação das autoridades.

A vítima é Altino Arlindo Afonso, de 15 anos de idade, e o polícia envolvido foi identificado como sendo Domingos Dala, também conhecido por York.

O assassinato aconteceu na noite de sábado, 6 de junho, no bairro Simone Mucune, distrito do Camama, município de Talatona, na capital angolana.

Mafuta Simão, mãe do adolescente contou à VOA que os polícias “vieram e seguiram o miúdo até ao quintal e dispararam à queima-roupa”, sem, no entanto, explicar os motivos.

O tio do malogrado, José Simão, corrobora a versão da mãe de Simão, que era órfão de pai.

“Um rapaz tão obediente, foi assassinado, olha que o pai foi polícia e o filho morto por um polícia”, lamentou o tio, que afirma desconhecer as razões do assassinato do sobrinho que, segundo ele, não tinha qualquer ligação com o mundo do crime pelo que pede justiça.

A VOA tentou ouvir o porta-voz do comando provincial de Luanda da PN, Hermelindo de Brito, que negou prestar qualquer informação.

A UNITA, principal partido da oposição, condenou hoje o as mortes provocadas pelo uso excessivo de força da polícia, que comparou ao assassínio do afro-americano George Floyd, asfixiado por um agente policial dos Estados Unidos da América.

Em comunicado, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior manifestou a sua repulsa ante comportamentos similares, que têm ocorrido em Angola, nesta fase da pandemia da Covid-19, "onde as forças da lei e ordem têm usado excesso de força, causando igualmente vítimas mortais".

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