A recente eleição de Angola para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas não vai alterar a política interna do Governo, consideram analistas.
O docente da Universidade Católica Nelson Pestana Bonavena disse que a eleição de Angola não vai ter um reflexo automático na atitude interna do Governo.
“Não tenhamos ilusões”, declarou o académico afirmando no entanto que nos próximos dois anos Angola pode ser objecto de uma maior observação e monitoria internacional.
“Angola está mais exposta à observação da comunidade internacional e por isso terá necessariamente de mudar alguns aspectos que têm a ver com as liberdade fundamentais”, considerou.
O jornalista e activista Makunda Ankondo afirmou, por seu lado, que a escolha de Angola não trará quaisquer benefícios aos angolanos.
Makuta Ankondo também entende que a designação de Angola só serve para vender no estrangeiro a imagem do partido governamental.
Angola foi eleita recentemente para membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU pela segunda vez em 10 anos.
O facto foi considerado por figuras políticas e internas e internacionais como uma vitória diplomática do Governo.