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Acusados do assassinado do adolescente angolano Rufino constituídos arguidos


Pai de Rufino Fernando António espera justiça
Pai de Rufino Fernando António espera justiça

Quatro militares processados, dos quais um encontra-se preso, na morte do adolescente em 2016 durante demolições no Zango

O Ministério Público angolano formalizou a acusação contra quatro militares, dos quais um já se encontra detido, pelo assassinato do adolescente Rufino Fernandes António em Agosto de 2016, quando se opunha à demolição da sua casa no município do Zango, em Luanda.

Militares acusados formalmente pela morte de jovem nas demolições do Zango - 1:40
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O advogado dos familiares de Rufino disse que o julgamento deve começar em breve.

O processo arrasta-se desde Agosto do ano passado quando Rufino foi assassinado a queima-roupa no bairro Walale, no Zango, arredores de Luanda, por militares afectos à PCU, coordenados pelo general Simao Wala.

Depois de várias pressões dos advogados da família de Rufino, os quatro militares indiciados do crime foram constituídos arguidos e um deles inclusive já se encontra detido, pelo facto de ter sido reconhecido pelos familiares, presentes na reconstituição do crime.

“Aguardamos a qualquer momento a acusação porque em termos de instrução preparatória já foram cumpridas todas as fases", revela o advogado dos familiares.

Luís Nascimento justifica aprisão de apenas um por ter sido identificado como o autor dos disparos que assassinou Rufino.

“Agora, como arguidos, os prazos são mais limitados e esperamos a qualquer instante que haja a acusação", estima Nascimento.

Na acção de demolição das casas no Zango, em Agosto de 2016, além de Rufino António, que tinha 14 anos na altura, foi morto um bebé.

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