As novas alegações foram incluídas num memorando de detenção apresentado antes de uma audiência desta segunda-feira, na qual se esperava que o Departamento de Justiça argumentasse que Ryan Wesley Routh, de 58 anos, deveria permanecer preso enquanto o caso avança.
Os pormenores destinam-se a reforçar as afirmações dos procuradores de que Routh tinha decidido matar Trump antes de o plano ter sido frustrado por um agente dos Serviços Secretos que avistou uma espingarda a sair dos arbustos no campo de golfe de West Palm Beach, onde Trump estava a jogar.
O bilhete, endereçado a “Dear World”, foi colocado numa caixa deixada em casa de uma pessoa não identificada que contactou as autoridades policiais após a detenção do passado domingo. Parece ter-se baseado na premissa de que a tentativa de assassínio acabaria por não ser bem sucedida.
A caixa, que também continha munições, um cano de metal e outros objectos, só foi aberta pela pessoa depois de Routh ter sido detido. A pessoa que recebeu a caixa e contactou a polícia não foi identificada no memorando de detenção do Departamento de Justiça.
“Esta era uma tentativa de assassinato de Donald Trump, mas falhei. Tentei o meu melhor e dei tudo o que podia. Agora cabe-vos a vós terminar o trabalho; e eu ofereço 150.000 dólares a quem conseguir terminar o trabalho”, dizia a nota, segundo os procuradores.
Um advogado de Routh não respondeu imediatamente a um e-mail que pedia comentários na manhã de segunda-feira.
As autoridades que revistaram o seu carro encontraram seis telemóveis, incluindo um que mostrava uma pesquisa no Google sobre como viajar de Palm Beach County para o México.
Encontraram também uma lista com datas em agosto, setembro e outubro e locais onde Trump tinha aparecido ou estava programado para aparecer, de acordo com os procuradores. Um bloco de notas encontrado no seu carro estava repleto de críticas aos governos russo e chinês e notas sobre como participar na guerra em nome da Ucrânia.
Registos de telemóveis indicam que viajou de Greensboro para West Palm Beach em meados de agosto e que esteve perto do clube de golfe de Trump e da residência do antigo presidente em Mar-a-Lago “em vários dias e ocasiões” entre 18 de agosto e o dia da aparente tentativa de assassinato.
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