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Sindicatos querem combater os abusos sexuais no Namibe


Combater o abuso sexual
Combater o abuso sexual

Os professores de "olho grande" são tidos como sendo os carrascos das meninas, que são submetidas a humilhação sexual em troca das notas.

O assédio sexual nas escolas, instituições públicas, empresas privadas e em outras unidades produtivas, ganha contornos alarmantes, apesar de as vítimas fecharem-se em copas, por razões de insegurança, os efeitos deste mal têm "mutilado" a harmonia social nas famílias.

Os municípios da Bibala e do Namibe são os mais propensos, com realce para as escolas do ensino médio, onde durante a época de provas e no fim de cada ano lectivo, os professores de "olho grande" são tidos como sendo os carrascos das meninas, que são submetidas a humilhação sexual em troca das notas.

Apesar da existência dos factos que levaram à intervenção dos órgãos policiais e das respectivas Administrações, a verdade é que até à presente data e contra a expectativa, nenhum destes casos terá sido julgado em tribunais.

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No sector agrícola a situação é ainda mais grave, onde as filhas dos trabalhadores também são vítimas dos abusos sexuais em troca de benesses, fruto da pobreza que grassa as comunidades locais.

Nas cinturas verdes dos vales do Giraul de baixo, por exemplo, é visível o número de meninas dos 13 aos 15 anos de idade, com bebés às costas, algumas delas resultantes dos abusos sexuais dos patrões de seus respectivos pais.

E, o mais caricato é que, tudo acontece sob o olhar silencioso daquelas comunidades, conformadas por debilidade económica.

A UNTA Confederação Sindical quer dar um basta a todas estas atrocidades, visando conferir a paz nos sectores de trabalho onde as mulheres na qualidade de serem principais vitimas, possam finalmente trabalhar em segurança e respeito, segundo disse o Presidente da UNTA, Confederação Sindical, António Manuel Hamuyela Kalambo.

A mulher sindicalizada é um novo modelo encontrado e introduzido no movimento sindical, visando especificamente neutralizar os abusos sexuais nas empresas, frisou o sindicalista.

Os abusos sexuais existem na província do Namibe, não têm cor e as vítimas por vezes preferem viver no silêncio temendo represálias por insegurança e chantagem dos prevaricadores.

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