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Abuso de direitos humanos continua impune em Moçambique, diz a Human Rights Watch


Cadáveres em decomposição em Sofala
Cadáveres em decomposição em Sofala

Relatório narra casos de assassinatos, desaparecimentos, raptos, detenções arbitrárias e destruição de propriedade.

Os crimes contra os direitos humanos, incluindo os levados a cabo por grupos armados, continuam impunes em Moçambique, diz a organização Human Rights Watch (HRW) .

No "Relatório Mundial 2018: Luta pelos Direitos Tem Sucesso”, divulgado nesta quinta-feira, 18, em Paris, a organziação diz que as atrocidades são partilhadas pelas forças do Governo e da Renamo, partido político liderado por Afonso Dhlakama, que tem discutido a paz com o presidente Filipe Nyusi.

O documento realça ainda as denúncias constantemente feitas por outras organizações e activistas, nomeadamente sobre a prevalecente impunidade, falta de justiça nos tribunais, assassinatos e detenções arbitrárias.

Um exemplo de impunidade é o facto de as autoridades moçambicanas não terem processado os responsáveis pela contratação das dívidas ocultas, de pelo menos dois mil milhões de dólares, que levam Moçambique a uma crise financeira.

A crise, recorde-se, agudizou-se com o afastamento de principais doadores, entre eles o Fundo Monetário Internacional, no apoio ao orçamento de Estado.

A Kroll, que fez a auditoria a essas dívidas, forneceu elementos que os especialistas julgam suficientes para levar ao tribunal figuras do Governo do anterior Presidente Armando Guebuza envolvidas no processo.

Entre outros aspectos, o relatório da HRW denuncia abusos cometidos na indústria extractiva, em Cabo Delgado,ataques e assassinato de albinos e violência doméstica.

Liberdade no Mundo, 2018
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