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Estritas medidas para evitar a entrada  - 2005-04-05


Países da África Ocidental como o estado insular de São Tome e Príncipe colocaram em vigor estritas medidas para evitar a entrada no pais do altamente contagioso vírus de Marburg.

O ministro saotomense da Saúde disse que todos os passageiros de aviões provenientes de Angola ficarão sob observação medica durante três a 10 dias, o período de incubação do vírus.

O epicentro da actual erupção epidémica localiza-se na província do Uige, no norte de Angola, que se situa perto do Gabão e faz fronteira com a Republica Democrática do Congo.

O director-geral de Saúde do Gabão, Kombila Terendez, afirmou que o governo gabones emitiu um alerta a todos os passageiros de aviões sobre os sintomas da doença.

Embora as autoridades não tenham impedido as pessoas de atravessar as fronteiras terrestres, há equipas instaladas para interrogar essas pessoas e ver se elas mostram sintomas do vírus de Marburg.

Agencias internacionais de saúde estão a treinar pessoal local na região para reconhecerem a doença que inicialmente apresenta os sintomas de uma forte gripe ou de malária, doenças também conhecidas por paludismo.

Nenhum caso do vírus de Marburg foi confirmado fora de Angola por agencias internacionais de saúde. Mas há noticia de suspeitos casos mortais tanto na Republica Democrática do Congo como no Congo-Brazzaville.

Não existe cura para o vírus de Marburg que causa hemorragia e febre e em alguns casos a pele da vitima sofre uma descamação. A doença espalha-se através do toque e contacto directo com os fluidos do corpo.

A Cruz Vermelha Internacional esta a trabalhar com agencies de saúde na região para tentar informar as pessoas sobre como é que a doença é contraída.

Harkan Sandbladh, um medico que trabalhou anteriormente com epidemias similares, afirmou que embora as pessoas na região atravessem a fronteira todos os dias para trabalharem noutros países, doenças como a Marburg tendem a ser localmente controladas.

“Esse tipo de doenças aparecem em cada seis meses a um ano e acabam por desaparecer por si. Por isso, o que temos visto ate agora em todas as erupções e que elas são localmente contidas.”

O Doutor Sandbladh disse que as pessoas não têm possibilidade de viajar quando contraem o vírus porque ficam muito rapidamente doentes.

Algumas pessoas sobrevivem ao vírus de Marburg, mas ainda não se sabe bem porque. Setenta e cinco por cento dos casos na actual erupção são crianças com menos de cinco anos de idade.

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