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Países com dificuldades de recursos hídricos


Em finais da próxima década quase metade da população mundial vivera em países com dificuldades de recursos hídricos, implicando que não terão agua suficiente para fazer frente às necessidades das populações.

Lester Brown, presidente do Instituto para a Política da Terra, aqui em Washington, sustenta não estar seguro de que o mundo esta a prestar a atenção adequada a iminência do problema.

"Contrariamente ao desaparecimento das florestas, que se vê serem queimadas ou cortadas, a descida dos lençóis de agua são descobertas apenas quando o poço esta seco."

As regiões ocidentais e do sudoeste dos Estados Unidos enfrentam escassez de agua que se vai agravar na próxima década. Lester Brown considera que o problema e ainda mais critico na maior parte do mundo em desenvolvimento, particularmente em África, no Médio Oriente, Sudeste Asiático e no norte da China.

Segundo ele, começamos a ver, pela primeira vez em muitos países, refugiados da agua – como no Irão, no Afeganistão, em parte do Paquistão, no noroeste da China, onde aldeias, centenas de aldeias, por vezes, são abandonadas por que se acabou a agua.

Segundo a maioria dos analistas, a agua vai desempenhar um maior papel no futuro do que as pessoas pensam.

Erik Peterson, o director do Instituto de Estratégia Global no Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, afirma que os Estados Unidos deveriam tornar a agua uma prioridade da política estrangeira.

"Existe uma dimensão muito critica no que diz respeito aos problemas domésticos da agua. E do interesse nacional que exista estabilidade, segurança e desenvolvimento económico em zonas chave do mundo e a agua e um enorme factor nesse domínio."

No inicio de Marco, o senador da maioria, Bill Frist, um republicano do estado do Tennessee, apresentou legislação que considera vai tornar o acesso a agua potável e a sanidade, a gestão dos recursos hídricos e melhoria da higiene, uma das prioridades da política externa dos Estados Unidos.

Presentemente os Estados Unidos despendem 325 milhões de dólares anuais em programas no mundo em desenvolvimento para aumentar o acesso a agua potável e sanidade. Este constitui apenas um aspecto da política externa dos Estados Unidos no domínio da agua. As outras principais áreas são o financiamento e o desenvolvimento de infra-estruturas, o planeamento a nível nacional e a resolução de assuntos hídricos transnacionais.

Jonathan Margolis, o representante especial do Departamento de Estado, para o desenvolvimento sustentável, refere que os Estados Unidos despendem muito tempo e dinheiro no planeamento a nível nacional, em particular na gestão integrada dos recursos hídricos.

"Trata-se de uma expressão técnica ... que significa que todas as partes que tem interesses na agua estejam a mesa das discussões e as decisões são tomadas sobre as formas de utilizar os recursos hídricos da comunidade ou do país."

Segundo Margolis, este género de gestão demonstra a necessidade das instituições serem responsáveis para com os seus constituintes. Um sistema de gestão integrada dos recursos hídricos pode servir como exemplo do poder de decisão por parte do governo, dos sectores públicos e privados que com frequência não existem no mundo em desenvolvimento.

Margolis acrescenta que o resultado reside na transparência, responsabilidade e decisão participativa ... factores de constituem marcos de uma boa governação em geral e de boa gestão dos recursos hídricos, em particular.

Peter Gleick um especialista em recursos hídricos de Oakland, na Califórnia, sustenta que uma forma como os Estados Unidos podem desempenhar um papel mais efectivo na resolução da crise mundial da agua, reside na criação de uma comissão nacional que não se limitara a examinar os problemas norte americanos bem como os internacionais.

Ate este momento tem se registado alguma resistência a esta ideia. No entanto a proposta de lei apresentada pelo Senador Frist, se for transformada em legislação vai obrigar o governo dos Estados Unidos a desenvolver num prazo de 180 dias, uma estratégia nacional para avaliar da política actual da agua nos Estados Unidos e na política estrangeira.

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