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Violam os direitos humanos - 2005-03-15


A mais alta funcionaria da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas, acusou as nações do mundo de terem falhado no cumprimento da responsabilidade de promoção e protecção dos direitos humanos.

Louise Arbour disse aos delegados na sessão de abertura de mais uma reunião da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, a decorrer desde ontem em Genebra, Sucia que passos mais gigantescos e acções mais enérgicas precisam ser adoptadas contra os estados que violam os direitos humanos.

Aquela alta comissária da ONU para os direitos Humanos admitiu por outro lado que a Comissão da ONU da qual é responsável não conseguiu ainda vencer o desafio de levar a justiça, os responsáveis pela violação dos direitos humanos.

Para Lousie Arbour muito mais deve ainda ser feito para evitar casos horríveis de violações dos direitos humanos, e sobretudo o que chamou de desumanidade para com os homens.

Na sua intervenção Arbour chamou também a atenção dos delegados, para o facto deste ano estar a ser assinalado o sexagésimo aniversario da libertação dos campos da morte nazis, de no próximo mês, ser assinalado o trigésimo aniversario do domínio do Camboja pelos Kmeres Vermelhos e de, no ano passado ter sido assinalado o decimo aniversario do genocídio no Ruanda. O secretario geral usou essa ocasião para exigir determinadas acções susceptíveis de porem cobro às violações em massa dos direitos humanos cometidos em Darfur, no Sudão. A nossa resposta, o quanto se sabe, a essa crise dos direitos humanos deve ser agora examinado para chegarmos ou não a conclusão de que falhamos no cumprimento da nossa responsabilidade colectiva para com os mais vulneráveis. Eu diria, que esteve muito aquém, as medidas adoptadas e a nossa obrigação...

A alta comissária da ONU, para os direitos humanos descreveu por outro lado o ano transacto, como um ano de drama e de convulsões.

Louise Arbour disse que as pessoas no mundo sentem-se menos seguras, criticou aqueles que argumentam que a justiça pode impedir a consolidação da paz e defendeu que pelo contrario, a justiça como garante da paz.

Arbour salientou ainda que durante a sua recente visita ao Afeganistão, as pessoas disseram-lhe acreditar que a segurança e a paz constituem o patamar para a obtenção da justiça.

“Eles desejam que acções sejam tomadas contra aqueles que se aproveitaram da sua vulnerabilidade durante um determinado período de tempo. Mas primeiro, querem que essas figuras deixem de ocupar cargos de poder, querem que se ponha cobro as violações de uma vez por todas e querem que o estado faca isso por eles. O que eles procuram no fundo e a paz, através da justiça.”

A Alta comissária da ONU para os direitos humanos disse ainda estar particularmente preocupado com o facto de alguns direitos de ha muito conquistados, nomeadamente o direito a não ser submetido à tortura, tenham hoje, interpretações descabidas.

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