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Positivos os sinais dados


A administração do presidente George Bush recebeu de forma cautelosa, as garantias dadas pela Síria ao enviado especial das Nações Unidas, no sentido de que Damasco vai retirar todas as suas tropas e agentes dos serviços secretos estacionados no Líbano.

A secretaria de estado americana, Condoleeza Rice disse que encara como positivos os sinais dados por Damasco, mas acrescentou que as Nações Unidas nada mais exigem a Síria do que a simples retirada das suas tropas daquele pais vizinho, conforme a resolução do Conselho de Segurança da ONU.

“Obviamente existem alguns elementos positivos nisso. E positivo que a Síria comece a retirada das suas tropas do Líbano e não apenas para a fronteira comum. Mas vamos continuar a pressionar para um cabal cumprimento da resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU.”

Numa entrevista a cadeia de televisão americana, ABC, Rice enfatizou por outro lado que Washington vai continuar a aguardar pelo relatório final do enviado especial das Nações Unidas.

Aquela governante americana observou entretanto que a Síria parece ter aparentemente concordado em retirar tanto as suas tropas como os agentes dos serviços secretos de Damasco que operam no Líbano, por sinal uma das exigências chaves dos Estados Unidos.

Numa outra entrevista, o conselheiro nacional da Casa Branca, Stephen Hadley deixou claro que apesar da promessa de retirada síria ser animadora, ela não e entretanto suficiente.

A este propósito aquele alto funcionário da Casa Branca disse a rede televisão americana, Fox News que o teste real passa pela materialização das promessas feitas por Damasco ao enviado especial da ONU.

“As primeiras noticias são encorajadoras. Ao fim de tudo, o que conta e a sua materialização e não as palavras...”

Stephen Hadley, conselheiro nacional da Casa Branca relembrou ainda que a retirada síria do Líbano devera ser por inteiro. Hadley não fez menção entretanto a uma calendarização para essa retirada, mas disse que a mesma devera ser concluída o mais breve possível para que os libaneses possam realizar eleições livres e justas, sem a influencia do exterior.

A secretaria de estado americana, Condoleeza Rice salientou por seu lado que os libaneses devem ter uma oportunidade para determinarem o seu próprio futuro político.

Instado a pronunciar-se sobre a eventualidade do Hezbolah vir a ter um espaço político no futuro do Líbano, tal como defendido pelos países europeus, Condoleeza Rice disse a cadeia de televisão ABC que os Estados Unidos continuam a encarar o Hezbolah como uma organização terrorista.

“Estamos concentrados na remoção da presença síria, da interferência síria nos assuntos internos libaneses, porque só assim poderá haver eleições livres e transparentes no Líbano, que poderão determinar a mudança do cenário político no terreno.”

Tanto a secretaria de estado americana como o conselheiro nacional da Casa Branca enfatizaram nas suas intervenções do fim de semana nas redes de televisão americana que todas as forcas libanesas, dispostas a aceitar o primado da lei serão bem vindos a tomarem parte no processo político.

Enquanto isso, um influente congressista americano, o democrata pelo estado de Connecticut, Christopher Dood defendeu entretanto e numa entrevista a cadeia de televisão CNN, que a desmilitarização do Hezbolah se impõe crucial antes das eleições libanesas.

“No passado, a Síria foi vista como um influente elemento das actividades do Hezbolah no Líbano. E na ausência da Síria, o que acontecera com a desmobilização das milícia do Hezbolah ? E se isso não acontecer e a Síria abandonar o pais, obvio que surgirão mais problemas.”

Aquele congressista americano disse por outro lado que Israel esta preocupado com um eventual aumento dos ataques contra alvos israelitas, se a Síria sair do Líbano e deixar atras, um Hezbolah fortemente armado e revoltado.

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