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Agir com urgência  - 2005-03-10


O Secretario Geral da ONU apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a agir com a urgência que a gravidade da situação na região sudanesa de Darfur, requer.

Koffi Annan disse ter solicitado para o efeito, uma reunião em privado com os membros do Conselho de Segurança da ONU, pelo facto dos esforços dos grupos humanitários e do contingente militar da União Africana estarem a manifestar-se insuficientes para se por fim a violência em Darfur.

Os comentários do secretario geral das Nações Unidas, foram transmitidos a imprensa, pelo porta voz da ONU, Stephane Dujarric.

“Continuamos a receber relatórios que mostram que as matanças, as violações e a política de terra queimada continuam. Fiquei satisfeito de ouvir da parte dos membros do Conselho de Segurança da ONU, de que tem em forja uma nova resolução que devera ser votado ainda esta semana e que prevê um acordo quanto aos mecanismos para se responsabilizar os suspeitos de pratica de crimes. Isso e bom... Devemos enviar uma clara mensagem, no sentido de que o mundo não os vai tolerar. Enquanto isso, todos concordam que uma forte presença internacional no terreno tornou-se crucial. Onde as tropas da União Africana estão, as coisas tem estado a melhorar para as populações indefesas. Mas e apenas um punhado delas a beneficiar dessa protecção.”

A União Africana mantêm na região um contingente de cerca de dois mil homens, entre militares e observadores do frágil cessar fogo, frequentemente violado quer pelas milícias Janjaweed quer pelos rebeldes.

Koffi Annan disse a propósito que o Conselho de Segurança deve definitivamente decidir pelo aumento da ajuda a pacificação de Darfur, por forma a que a União Africana aumente a sua presença militar no terreno ou então pelo envio de uma força das Nações Unidas para apoiar os capacetes azuis africanos.

O secretario geral da ONU, realçou ainda que os participantes da reunião concordaram igualmente que na eventualidade de vir a ser necessária a presença de capacetes azuis da ONU em Darfur, tal presença nunca deveria implicar a utilização dos militares das Nações Unidas já no Sudão e que supervisionam o recém assinado acordo de cessar fogo entre os rebeldes do sul e o governo de Cartum.

Annan instou por outro lado os doadores internacionais a honrarem com a brevidade possível os seus compromissos de ajuda ao processo de paz.

Estima-se que 70 mil pessoas tenham sido mortas e cerca de dois milhões desalojados desde que o conflito eclodiu em 2003,em Darfur.

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