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Actos de violência - 2005-02-09


A maioria dos mercados, lojas e bancos abriram hoje na capital do pais, Lomé, mas depois dos residentes terem feito rapidamente as suas compras, muitos deles regressaram a casa. Os professores cancelaram as aulas e disseram aos seus alunos para irem para casa.

Issaka Abass, um jornalista de Lomé, informou que alguns residentes da capital togolesa poderão participar na manifestação, mas acrescentou que muitos estão com receio de possíveis actos de violência. Abass disse também que o exército tomou posições para evitar eventuais desacatos.

“Em Lome, há forças do exército colocadas em pontos estratégicos. Eles estão lá, vão continuar lá e estão a controlar a situação.”

Um dos organizadores da manifestação, o líder da oposição Jean-Pierre Fabre, disse acreditar que muitos togoleses estão encorajados e vão participar no segundo dia da manifestação denominada “Togo, um pais morto”.

“Ninguém aceita o golpe de estado. E não sei o que e que o jovem presidente irá fazer, porque vamos combatê-lo. Não lhe daremos tempo para dizer que é o presidente togoles. Não, nunca aceitaremos isso.”

Depois de Eyadema, que esteve no poder 38 anos, ter morrido no sábado de um aparente ataque cardíaco, o exercito instalou o seu filho Faure Gnassingbe, como novo líder do Togo. No Domingo, o partido governamental que domina o parlamento mudou a constituição, cancelando uma clausula para eleições rápidas e em vez disso autorizou Gnassingbe a ficar no poder ate 2008.

O Ministério do Interior proibiu manifestações durante dois meses, tempo reservado para ser observado luto nacional pela morte de Eyadema. Mas Fabre pensa de outra maneira.

“Naturalmente, não aceitamos o que diz o Ministério do Interior e vamos mostrar isso. Vamos tentar fazer uma manifestação hoje e amanhã, pedimos as pessoas para ficarem em casa. Veremos o que vamos fazer nas próximas semanas.”

Os 53 países da União Africana ameaçaram sanções a menos que o Togo restaure o que chamou de “legalidade constitucional”. As sanções poderão excluir o Togo da União Africana.

Os 15 membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO ou ECOWAS) de que o Togo é membro, considerou ilegal a transferencia do poder de pai para filho e vai realizar uma reunião especial quarta-feira no Niger, para decidir a acção que vai tomar contra o Togo.

A França, antiga potência colonial do Togo, e a União Europeia pediram a realização rápida de eleições. A União Europeia tem estado a discutir o recomeço da ajuda ao Togo, mas funcionários disseram que essas discussões voltaram ao zero.

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