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Vulnerabilidade das empresas petrolíferas


Funcionários da Shell disseram que estão em curso reparações em varias estacões perfuradoras vandalizadas durante os recentes protestos perto da aldeia piscatória de Kula no sul da Nigéria e que a produção em pleno só será possível na próxima semana.

O investigador da industria petrolífera Bismarck Rewane afirmou que os protestos, que começaram no dia 5 de Dezembro e atingiram também a companhia americana Chevron, provaram a vulnerabilidade das empresas petrolíferas.

Rewane acrescentou que, ao contrario de outros ataques contra interesses petrolíferos na Nigéria, este não ano teve uma base étnica, tratou-se simplesmente da luta de uma comunidade tentando fazer ouvir as suas queixas.

Rewane afirmou também que as queixas incluem a fraca partilha da riqueza nacional petrolífera com comunidades perto de áreas perfuradoras, onde existem poucas estradas, hospitais e escolas do que em áreas onde não ha petróleo. Acrescentou que pelo facto das eleições locais serem controladas por milícias armadas, existe pouco confiança no governo.

Lideras da aldeia piscatória de Kula dizem que os seus protestos – com milhares de aldeões invadindo varias estacões perfuradoras – tiveram por objectivo solicitar micro-programas, proteger as suas áreas de pesca e criar melhor infra-estruturas. Decidiram terminar completamente o protesto no principio da semana depois de lhe terem sido prometidas negociações formais sobre as suas exigências.

Funcionários da Shell recusaram dar quaisquer pormenores do acordo, afirmando que um memorando de entendimento foi assinado entre a comunidade e o governo do estado de Rivers que interveio na crise.

O Delta do Niger onde se encontra a aldeia de Kula produz quase metade dos dois milhões e meio de barris de petróleo que são exportados diariamente. A Nigéria e um dos 10 maiores exportadores de petróleo do mundo, sendo a maioria do seu petróleo encaminhado para os Estados Unidos.

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