Durante mais de 18 anos, o Exercito da Resistência do Senhor, tem aterrorizado as populações do norte do Uganda, tendo raptado mais de 20 mil crianças, desalojando mais de um milhão e meio de pessoas, e mutilando ou matando milhares de habitantes da zona.
Num encontro realizado na cidade nortenha de Kitgum com membros do parlamento, clérigos, residentes, observadores internacionais e outros, os rebeldes indicaram desejar por termo a violência.
O arcebispo católico, John Baptist ODAMA, participou no encontro que descreveu como tendo sido franco, livre e amigável ...
"O Exercito da Resistência respondeu pela positiva, destacando ser em favor de conversações de paz. Desta vez eles estão interessados e comprometidos, sendo de esperar que o governo venha a reagir positivamente. O arcebispo Odama sublinhou que os rebeldes apelaram ao governo para prorrogar a zona geográfica e a data do cessar fogo iniciado o mês passado."
O cessar fogo, em vigor num corredor próximo da fronteira sudanesa, e suposto expirar no fim do dia de sexta feira, tendo o governo indicado que a trégua se destinava a permitir aos rebeldes juntarem-se para os preparativos de negociações de paz.
O arcebispo católico acrescentou que os rebeldes não tinham referido as razoes por que estão em luta, mas o líder Joseph Kony havia referido que o grupo deseja que o Uganda fosse governado de acordo com o Dez Mandamentos da Bíblia, ainda que não sejam claros os motivos actuais.
Durante os anos registaram-se varias tentativas, sem êxito, para realizar conversações de paz entre o governo e os rebeldes para por termo a violência.
O arcebispo Odama acrescentou que o encontro lançou as bases para futuras negociações, face a boa vontade no sentido de uma solução pacifica para o problema. Conversações pacificas, negociações pacificas constituem a melhor solução, pois salva vidas, poupa propriedades e contribuir para sarar a sociedade.
Uma antigo ministro que tem liderado as iniciativas para juntar as duas partes, afirmou a Voz da América que ira prosseguir com as reuniões com responsáveis governamentais.
O porta voz presidencial ugandes, Ekomoloit, referiu que o governo sempre desejou dialogar com o Exercito da Resistência , mas que o grupo rebelde não demonstrou seriedade em acabar com o conflito.
O porta voz recordou que a principal condição formulada pelo presidente, quando decretou o cessar fogo limitado, residiu na concentração do Exercito da Resistência numa zona exacta.
Ekimoloit sublinhou que o governo espera que o líder Joseph Kony, e outros dirigentes rebeldes, apareçam para conversações