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Participação de Pyongyang  - 2004-12-15


A Agencia Central de Noticias da Coreia do Norte citou um funcionário dizendo que o pais atingirá o Japão com uma “efectiva resposta física” se Tóquio impuser sanções. O funcionário norte-coreano ameaçou também por fim a participação de Pyongyang nas negociações multi-laterais sobre o seu programa de armas nucleares.

Mas Pyongyang está já a bloquear essas conversações. Frank Jannuzi, um especialista para Ásia do Comité das Relações Externas do Senado dos Estados Unidos, disse que a ameaça de sanções pode ajudar a forçar a Coreia do Norte a voltar à mesa das negociações.

“Pyongyang virou-se contra os seus próprios planos, quer escolha quer não escolha. E portanto, como uma tentativa para criar um ponto de pressão para uma escolha do governo de Pyongyang, penso que as sanções têm um papel a desempenhar.”

Mas Jannuzi acrescentou que as sanções terão de ser apoiadas pela China e pela Coreia do Sul para serem efectivas.

O governo da Coreia do Sul expressou hoje a sua oposição às sanções. O ministro sul-coreano dos Negócios Estrangeiros, Ban Ki-moon disse aos jornalistas que uma tal medida, ou seja, as sanções iriam complicar os esforços para resolver o impasse nuclear. O ministro acrescentou que o assunto dos raptos dos japoneses pelos norte-coreanos durante a guerra fria pode ser resolvido através de conversações bilaterais entre Tóquio e Pyongyang.

O Japão e a Coreia do Norte não tem relações diplomáticas. O Japão diz que um pré-requisito para a normalização dos laços diplomáticos e a resolução do assunto dos raptos.

A Coreia do Norte raptou 13 japoneses durante a guerra fria para que eles pudessem treinar espiões norte-coreanos. Cinco dos raptados foram enviados de volta para Japão em 2002, mas Pyongyang diz que os restantes oito morreram. As famílias destes pensam que eles estão ainda vivos na Coreia do Norte.

No principio do mês, o Japão disse que testes de DNA revelaram que os restos humanos devolvidos ao Japão, que Pyongyang disse serem de dois dos mortos, eram de outras pessoas. O publico japonês ficou furioso, mas a Coreia do Norte acusou o Japão de cozinhar os resultados dos testes com intuitos políticos.

O primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi qualificou a atitude da Coreia do Norte relativamente ao assunto dos rapto de “abominável”. Mas ainda não expressou a sua opinião sobre sanções contra Pyongyang tendo afirmado querer promover negociações e fazer um julgamento sobre as sanções em tempo apropriado.

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