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Indivíduos suspeitos de serem militares do exercito ruandes. - 2004-12-01


A representação da ONU na Republica Democrática do Congo revelou que uma das suas patrulhas no leste do território avistou cerca de uma centena de indivíduos suspeitos de serem militares do exercito ruandes.

A porta voz da delegação precisou que ate este momento a missão não podia confirmar que os militares eram ruandeses, mas que tinham sido enviadas outras patrulhas para investigar a zona, a norte de Goma, a capital da província de Kivu.

Desde que a semana passada, o Ruanda ameaçou enviar tropas para a região leste do Congo para capturar rebeldes ruandeses Hutu, tem corrido rumores de que as tropas do Ruanda já tinham atravessado a fronteira.

Ate esta quarta feira, as Nações Unidas insistiam não possuir provas sugerindo qualquer infiltração ruandesa, tendo inicialmente, fontes locais bem como os próprios rebeldes feito tais acusações. Todavia, ontem terça feira, o governo de Kinshasa afirmou publicamente que os militares do Ruanda tinham entrado no Congo.

Deve-se salientar que nem o governo nem as Nações Unidas tem sido capazes de desarmar os rebeldes que Kigali sustenta estariam a preparar-se para atacar o Ruanda.

O Congo reagiu e ao final da terça feira, Kinshasa solicitava uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para condenar as acções do Ruanda e impor sanções contra o presidente Paul Kagame e os seus colaboradores.

Numa carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança, o Congo pedia que Kagame fosse considerado pessoalmente responsável por violar a soberania do Congo e ameaçar a paz na região.

O Ruanda invadiu por duas vezes o Congo, ostensivamente para perseguir os rebeldes Hutu, tendo a ultima incursão ocorrido em 1998 e constitui um dos pontos de partida para cinco anos de conflito, que atraiu cinco outras nações da região e custou a vida a cerca de três milhões de pessoas.

Um governo de transição foi organizado em Kinshasa para conduzir o Congo para eleições em Junho do próximo ano, receando-se que esta ultima crise venha a comprometer o frágil processo de paz.

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