A China Sonangol International Holding (CSIH) subsidiária da SONANGOL Empresa Pública, acaba de assinar uma carta de intenções com a Energia Argentina SA, ENARSA que pode resultar em investimentos de mais de 5 mil milhões de dólares nos próximos 5 anos, soube a Voz da América .
Assinada na última quarta-feira em Buenos Aires, Argentina, a carta de intenções diz que a China Sonangol “manifestou a intenção de colaborar no desenvolvimento de projectos hidrocarbonéticos que se revelem importantes”. Com este acordo a ENARSA, pode ter encontrado o parceiro que há muito vem procurando.
De acordo com a carta de intenções, a CSIH oferece-se para colaborar em trabalhos de prospecção, exploração no off-shore argentino, bem como em concessões que a ENARSA obtenha ou venha a obter no estrangeiro. Os dois parceiros vão empenhar-se também no desenvolvimento de recursos petrolíferos em terceiros países.
Parte destas participações será feita com recurso a subsidiárias da ENARSA associadas a companhias nas quais a CS tenha participações. A China Sonangol assumirá os custos e os riscos dos estudos e investigações que permitam propor a ENARSA o caminho a seguir.
O acordo entre a ENARSA SA e a CSIH reza que os 5 mil milhões de dólares são a provisão máxima, e “em nenhum caso serão disponibilizados na sua totalidade pela China Sonangol”. A ENARSA reserva-se ao direito de avaliar todos os projectos que a CHINA SONANGOL tenha em consideração.
Pela ENARSA assinou Júlio De Vido ministro da Planificação da Argentina, enquanto que pela China Sonangol International Holding assinou o presidente do seu Conselho de Administração Manuel Vicente, igualmente PCA da SONANGOL.
Um outro acordo de cooperação entre a ENARSA e a CSIH diz que as duas companhias vão considerar projectos no âmbito dos transportes e distribuição de energia, e construção de oleodutos e gaseodutos.
Os acordos assinados quarta-feira entre a ENARSA e a CSIH, têm como base os contratos assinados a 4 de Outubro último entre a ENARSA e a SONANGOL EP.
A CHINA SONANGOL é a mais recente das subsidiárias da SONANGOL. A petrolífera estatal angolana tem uma delegação em Londres, a SONANGOL LIMITED , chefiada por José Paiva, citado no passado como candidato à presidência do BAI, banco de que a SONANGOL é a principal accionista; tem também uma antena em Houston, Texas, a SONUSA, liderada por Baptista Sumbe, e outra em Singapura- a SONASIA- que tem à frente Hermenegilda Vandúnem. Fontes familiares a este processo disseram que a sede da CHINA SONANGOL deverá ser instalada em Hong-Kong.
A associação da SONANGOL à ENARSA é descrita por observadores em Nova Iorque como parte do processo de expansão e globalização da SONANGOL EP que nos últimos 12 meses adquiriu interesses e participações em Angola e no mundo, que vão de bancos a companhias de telecomunicações. A entrada da SONANGOL na China coincide com fase inicial da libertação dos 2 mil milhões de dólares obtidos por Angola junto do banco de exportação da China.