Após meses de conversações, a coligação da oposição, que representa uma dezena de partidos, nomeou Adamou Ndam Njoya, do Partido da União Democrática Camronesa, como o seu candidato a presidente nas eleições de 11 de Outubro.
O actual presidente, Paul Biya, governa o país desde há 22 anos, e até agora ainda não indicou a sua intenção de se recandidatar a mais um mandato de sete anos. Todavia espera-se que o faça.
A coligação diz que a sua principal preocupação é se as eleições serão livres e justas. Ndam Njoya diz esperar que haja observadores internacionais para garantirem que são seguidas as regras eleitorais, a começar pelo registro dos eleitores.
“Há muitos países e instituições que querem observar as eleições, mas nós dizemos que o mais importante será observar o processo que agora começa com o recenseamento e garantirem que são registados.”
Palavras do candidato presidencial da oposição camaronesa, Ndam Njoya.
Muitos camaroneses querem a criação de uma comissão eleitoral independente, ou grupo apartidário, que organize as eleições, uma vez que o presidente Biya foi acusado no passado de fraude eleitoral.
A oposição queria aparecer com uma frente unida contra Biya, mas até mesmo antes do anúncio da candidatura de Ndam Njoya, que surgiram fissuras.
No domingo, um dos principais partidos da oposição, a Frente Social Democrata, anunciou ter nomeado John Fru Ndi para representar o partido. Não é ainda claro se Fru Ndi continuará a ser o candidato. Na votação interna da coligação acabou em terceiro na lista das preferências dos candidatos presidenciais.
Os observadores dizem que apenas uma oposição forte poderá fazer frente e derrotar o presidente Biya, caso ele concorra.