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Esforços de ganharem o apoio da população local - 2004-07-23


As tropas de manutenção de paz francesas assinalaram no passado dia 14 de Julho o feriado nacional do Dia da Bastilha perto da sua base na cidade de Doekoueh, como parte dos seus esforços de ganharem o apoio da população local.

Cerca de 1000 soldados franceses estão estacionados na parte ocidental da Costa do Marfim, que era conhecida durante a guerra civil como o “oeste muito selvagem” devido aos bandos de mercenários que por lá andavam.

Num café em Bangolo, o professor de Inglês Alexandre Tieh continua não convencido da eficiência das tropas francesas. Disse que as populações pro-rebeldes de Bangolo, emigrantes do norte e estrangeiros burkinabes conhecidos por Mossi e ainda vigilantes pro-governamentais do grupo étnico local Guere continuam armados.

Dezenas de pessoas morrerem em actos de violência etnicamente motivados em Bangolo desde que a zona de confiança foi estabelecida no ano passado. Mas o comandante das forcas francesas para a parte ocidental da zona, o coronel Christophe de Saint Chamas, afirmou que as suas tropas têm evitado centenas de mortes.

O coronel Saint Chamas precisou que as suas tropas entram quase diariamente em aldeias para evitar a violência entre populações emigrantes do norte e locais, que disse pode levar a uma limpeza étnica ou pelo menos a grupos inteiros serem corridos da área.

Um ministro marfinense congratulou-se com o inicio de uma nova brigada mista entre tropas de manutenção da paz das Nações Unidas e a Policia marfinense em Bangolo.

O recém-chegado chefe da missão das Nações Unidas na Costa do Marfim, Alan Doss, que visitou Bangolo na semana passada, sublinhou a importância da nova brigada.

“Queremos encorajar a participação nacional, afinal de contas estamos na Costa do Marfim e portanto os marfinenses devem conduzir o caminho. Por isso juntamos soldados franceses e policias marfinenses a trabalharem em conjunto. Eh uma experiência e se for bem sucedida esperamos estendê-la a outras partes da zona de confiancacom vista a reunificação do pais.”

A zona desmilitarizada não tem sido imune a incursões vindas de fora. Tanto o exercito como os rebeldes do norte tem acusado as tropas francesas de permitirem que isso aconteça.

O comandante francês, coronel de Saint Chamas, nega que as suas tropas favoreçam uma das partes como afirmam os seus críticos.

Entretanto, os lideres das facções em conflito na Costa do Marfim assim como de partidos da oposição deverão encontrar-se na próxima semana no Gana para novas conversações destinadas a salvar o paralisado acordo de paz, que inclui mudanças na constituição do pais destinadas a salvaguardar os direitos das populações do norte.

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