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MPLA acusa UNITA de sabotagem politica - 2004-06-22


O MPLA acusou a UNITA de estar a executar uma antiga estratégia sua que visa fragilizar, desacreditar, banalizar as instituições, promover um vazio institucional e lançar o caos em Angola.

O secretario para a Informação do MPLA, Norberto dos Santos” Kwata-Kanawa”, que atribui a UNITA o ónus do impasse na comissão constitucional criado com o auto-afastamento da oposição parlamentar, lembrou que ao não ser bem sucedida no passado, através das força das armas, o maior partido da oposição vê agora o momento adequado para realizar a sua estratégia.

O dirigente do MPLA reagia assim de forma tão caustica às propostas de formação de um governo de transição que gerisse o país até as próximas eleições apresentadas por organizações da sociedade civil acolhidas pelos partidos da oposição parlamentar.

Norberto dos Santos rejeitou categoricamente e questionou a oportunidade e legitimidade de um governo de transição, vincando a posição do MPLA que defende a preparação e realização das próximas eleições pelas instituições legalmente instituídas com uma nova constituição.

“O tempo que se vai levar a fazer as emendas que até vai sair deste anteprojecto que nos temos hoje é o tempo que nos tínhamos para apreciar justamente este anteprojecto, submetê-lo à apreciação dos cidadãos e leva-lo à Assembleia Constituinte”.

O dirigente do partido no poder minimizou para já as leituras que apontem para a existência de uma crise política em Angola.

“Há algumas encenações para nos levam para a crise política, mas o MPLA não vai atrás deste tipo de encenações. Os políticos também de vez em quando podem fazer alguns teatros e este e também um deles”.

O partido no poder advertiu que jamais permitirá que a ordem constitucional venha a ser subvertida por quem quer que seja e usará os meios a sua disposição para vincar aquele o seu desejo de realizar as próximas eleições com uma nova constituição aprovada.

Observadores atentos da cena política angolana questionam, entretanto, a virulência da reacção do MPLA que faz ressuscitar fantasmas do passado que se quer enterrados definitivamente, para gerir um assunto em que todos os partidos da oposição parlamentar e não só estão de acordo, passando a factura para a UNITA, a quem se atribui fins político subversivos.

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