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Policia pressiona ... - 2004-06-17


O PADEPA, Partido de Apoio Democrático e Progresso de Angola viu-se impedido de realizar uma manifestação que convocou para esta quinta-feira, por alegada violação à lei.

Um forte dispositivo policial foi visto esta manhã no largo 1º de Maio, local onde devia ter lugar a manifestação contra o silêncio da Procuradoria Geral da República em relação a casos de desvios de fundos públicos.

Para além de efectivos da primeira divisão e da brigada canina da policia nacional, foram vistos no local elementos da Unidade da Guarda Presidencial (UGP. Não se sabe se os militares da presidência estavam ali para persuadir o PADEPA a cancelar a manifestação, ou se para garantir segurança ao Presidente José Eduardo dos Santos, o que acontece sempre que ele se desloca à sede do MPLA, que fica nas redondezas.

Na rotunda, onde está erguido o busto de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, com excepção de agentes da Polícia, ninguém mais foi autorizado a circular. Estudantes das escolas circunvizinhas foram convidados a procurar outros caminhos.

Obedecendo a uma ordem policial, os militantes do PADEPA que pretendiam manifestar-se, retiraram-se pacificamente do local, não se registando qualquer incidente.

O secretário do PADEPA para a informação, Martinho Capapelo diz não ter havido qualquer violação à lei, já que se pretendia fazer uma manifestação pacífica e não uma marcha.

“Nunca foi intenção do PADEPA realizar uma marcha ou um desfile. Pretendíamos simplesmente realizar uma manifestação pacifica. Achamos que nós estamos do lado da lei, pugnamos pela lei, fazemos uma leitura clara daquilo que está consignado na lei” -acentuou.

Segundo o dirigente do PADEPA, os manifestantes decidiram retirar-se do local para evitar situações que pudessem pôr em causa a sua integridade.

“Nós não procedemos a um recuo. Evitamos apenas uma situação que poderia redundar em actos de agressão contra os nossos militantes, já que a polícia estava disposta a utilizar a força” referiu.

Partido sem assento parlamentar, o PADEPA tem optado por manifestações para contestar determinados actos do governo. A última manifestação realizou-se defronte à embaixada americana, em Luanda, e teve como móbil, o alegado silêncio dos Estados Unidos em relação à questão das eleições em Angola.

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