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Encontrar uma solução para a crise - 2004-06-08


A fonte diplomática, próxima do chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, referiu que a União está a acompanhar a situação na cidade congolesa de Bukavu, e intensificou as iniciativas diplomáticas para encontrar uma solução para a crise. O diplomata, que solicitou o anonimato, acentuou que a União Europeia não tem qualquer intenção, de momento, em enviar tropas porque já se encontra ali uma missão de capacetes azuis da ONU, não estando prevista qualquer missão militar.

Uma outra fonte da União Europeia referiu que a União não descarta qualquer opção, continuando a preferir uma solução diplomática para os confrontos, que ameaçam o processo de paz no Congo e reabriram as tensões com o vizinho Ruanda.

O ministro dos estrangeiros belga, Louis Michel afirmara, no domingo aos jornalistas, que os governos da União Europeia tinham chegado a um acordo de principio no sentido do envio de tropas para a região leste do Congo, mas que desconheciam ainda como tal poderia ocorrer.

O chefe da diplomacia belga frisou serem necessárias várias condições para que o envio pudesse ocorrer, mas não referiu quais as condições.

Michel sugeriu que a União Europeia poderia organizar uma força de manutenção da paz semelhante à que fora enviada o ano passado para a localidade congolesa de Bunia.

Uma operação liderada pela França, consistiu numa força de mil e 800 homens, foi enviada após os capacetes azuis da ONU não terem sido capazes de por termo ao conflito étnico que custou, em poucas semanas, centenas de vidas.

Michel referiu na altura, que a missão militar da ONU no leste do Congo, num total de onze mil homens, deveria ser reforçada. Aquela força foi incapaz de evitar que soldados rebeldes assumissem, a semana passada, o controle da cidade de Bukavu, mas um porta voz da ONU precisou não fazer parte do mandato evitar tais ocorrências.

O diplomata referiu que o enviado especial para a região dos Grandes Lagos, Aldo Alielo, informou os embaixadores da União Europeia sobre a situação em Bukavu, onde cerca de uma centena de pessoas terão morrido em onze dias de recontros entre tropas rebeldes e forças governamentais.

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