As Forças Armadas Angolanas (FAA) vão eliminar o princípio do recrutamento em com o que passarão a ser exercito selectivo disse à VOA o coronel Adriano Nunes.
Chefe da repartição de recrutamento e mobilização da direcção principal de pessoal e quadros do Estado Maior General das FAA, Adriano Nunes, adiantou que com o fim da guerra, e por ter já um elevado número de efectivos as forças armadas suspenderam há dois anos a incorporação massiva de mancebos.
“A incorporação passará a ser selectiva. Será feita de acordo com as necessidades das forças armadas. Nós vamos primar por melhorar a qualidade. E isto passa necessariamente, pelo seu nivel de habilitações literárias fundamentalmente, passa pelo seu nivel profissional, até porque nós vamos dar oportunidade ao jovem de escolher em que ramo ele quer cumprir o serviço militar, tendo em conta já a sua possível formação profissional na vida civil, então “
Portanto não haverá mais, aquela incorporação pouco selectiva que fazíamos, onde só aqueles com problemas de saúde não entravam; todos outros cidadãos desde o analfabeto até ao indivíduo do ensino superior eram incorporados”.
Segundo Adriano Nunes, o processo de recenseamento militar que ocorre em cada mês de Fevereiro por ordem do ministro da defesa de Angola regista hoje um fluxo muito maior e um nivel superior de disciplina e responsabilidade dos jovens, o que no seu entender deve-se ao facto de os abrangidos pela lei de cumprimento do serviço militar obrigatório tem consciência de que não serão carne para canhão e que o nivel de operacionalidade das FAA cresceu. As FAA deverão ensaiar ainda este ano o novo modelo de recrutamento e incorporação militar.