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Fronteira com a Zâmbia - 2004-05-20


A fronteira entre as Repúblicas da Zâmbia e Angola não tem servido de porta de entrada para a conhecida invasão silenciosa de estrangeiros que se confinam normalmente em áreas diamantíferas, assegurou hoje a imprensa o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas, general Agostinho Nelumba “Sanjar”.

O chefe das FAA falou a imprensa no final da reunião mista Angola/Zâmbia que abordou a situação ao longo da fronteira comum, que é caracterizada como calma.

“Através da fronteira da Zâmbia são situações não muito significativas a infiltração de pessoal a partir daquele território. Normalmente são pessoas que vêem fazer o seu negócio e há aqueles que tem familiares deste e do outro lado. Relativamente ao fluxo de migração de estrangeiros para Angola, que vêem desenvolver actividades ilícitas no campo diamantífero temos registado muito pouco a partir da fronteira com a Zâmbia.”

Agostinho Nelumba falou ainda da transição da comissão mista de controlo militar de fronteiras, criada no quadro da guerra como forma de limitar a mobilidade e asfixiar a na altura tropa inimiga.

Hoje terminada a guerra a manutenção da segurança fronteiriça carece de uma nova modalidade de funcionamento que segundo o Chefe do Estado Maior das Forças Angolanas está já em laboratório.

“ Ainda estamos a trabalhar no quadro da comissão mista de fronteiras a nível das duas forças armadas. Ainda não se vislumbrou um quadro que possibilite a mudança para outra estrutura, que é a estrutura policial. Neste momento a policia está a estruturar-se, a desenvolver esforços no sentido de criar a nível da fronteira os postos fronteiriços para depois passar-se esta actividade directamente aos órgãos do interior. Mas continuamos a cooperar com a policia nacional no sentido de termos uma fronteira estável”.

Para o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas zambianas, tenente geral Isaac Biol, na fronteira comum as populações de ambos os países têm passe livre, por isso a situação é de total calmia, mas reconhece a vulnerabilidade da fronteira e o grau de cobiça de muitos cidadãos da região incluindo compatriotas seus.

“Nós estamos a acompanhar esta situação, eu digo que até aqui não registamos qualquer problema sério ao longo da fronteira, mas há pessoas que lá estão e que estão envolvidas no processo de diamantes ilegais. Nós estamos a trabalhar de mãos dadas com as Forças Armadas Angolanas para assegurar que possamos monitorizar esta situação. Nós não havemos de permitir que haja este processo ilegal de diamantes”.

Por outro lado começa nesta quinta feira em Luanda a primeira reunião de comando das forças especiais da CPLP para o exercício felino que decorrerá em Angola no próximo mês de Outubro.

O exercício felino que vai já na sua quarta edição tem como objectivo manter o equilíbrio militar entre as forças especiais dos países membros da CPLP que se podem socorrer em caso de ataque terrorista.

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